A Prefeitura de Borba, comandada pelo prefeito Simão Peixoto (PP), vai gastar mais de R$ 1,6 milhão apenas com a compra de material esportivo. Enquanto isso, a população de Borba já sofre com as causas da cheia deste ano. Conforme boletim da Defesa Civil do Amazonas, emitido nessa quarta-feira, 25/5, 21.613 pessoas já foram afetadas com a subida das águas e 5.403 famílias atingidas diretamente com a cheia deste ano no município.
Porém, o que causa estranheza nesta contratação é o fato de que Peixoto não divulgou os itens comprados por meio do Pregão Presencial Nº 001/2022, o que impossibilita saber quais são os materiais esportivos que deverão ser fornecidos à Prefeitura de Borba.
Outro ponto observado é que também não consta o valor unitário a ser pago por cada item, uma vez que na homologação só consta a numeração dos lotes que cada empresa contratada deverá fornecer e o valor total que cada uma receberá por contratação, o que pode levantar suspeitas de, supostamente, haver alguma irregularidade no certame, como sobrepreço dos itens ou a compra de quantidades exorbitantes de um único ou mais itens, uma vez que não tem como saber a quantidade que será entregue.
Empresas – De acordo com o documento de homologação do pregão, duas empresas, sediadas em Borba, foram vencedoras do certame, sendo a J. A. Rabelo Eireli e a A. M. de Souza Ltda. A A. M. de Souza, que pertence à Alcimar Mar de Souza, vai levar a maior “bolada” nessa compra, com o valor total de R$ 883.915,00 (oitocentos e oitenta e três mil, novecentos e quinze reais), e terá que fornecer 79 itens.
Já a J. A. Rabelo, do empresário Jorimar Alves Rabelo vai receber o valor total de R$ 799.905,00 (setecentos e noventa e nove mil, novecentos e cinco reais) para fornecer 101 itens. Os dois contratos somam um total de R$ R$ 1.683.820,00 (um milhão, seiscentos e oitenta e três mil, oitocentos e vinte reais).
Retorno – A Prefeitura de Borba foi procurada para esclarecer a razão pela qual ainda não foi divulgada a quantidade e o valor unitário de cada item previsto no acordo, e se a não informação dos valores unitários é uma forma de esconder algo ou um possível sobrepreço na compra. No entanto, o Executivo Municipal não se manifestou sobre os questionamentos até a publicação desta matéria.
Veja o documento de Despacho e Homologação dos itens:
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Da Redação
Fotos: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis