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domingo, maio 19, 2024

Sem medicamentos, moradores de Iranduba precisam recorrer a Manaus para tratar doenças

Moradores de Iranduba reclamam da precariedade do sistema público de saúde do município. Sem a oferta de remédios básicos, a população padece para ter acesso a medicamentos de uso contínuo

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Em tempo de pandemia e com o aumento exponencial de casos de depressão, pacientes de Iranduba há meses encontram dificuldades para ter acesso a remédios nos postos de saúde do município. Sem opção, muitos precisam recorrer a Manaus em busca de medicamentos para controlar a doença.

Um levantamento feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) coordenada em 23 estados por Alberto Filgueiras em parceria com Matthew Stults-Kolehmainen, do Hospital New Haven, mostra que casos de depressão aumentaram 90% em meio as medidas de isolamento social para combater o coronavírus.

Sobre o assunto, O Convergente entrou em contato com uma paciente diagnosticada com depressão desde 2017, que prefere permanecer anônima, e reside no município de Iranduba, que revelou enfrentar muitos obstáculos para adquirir todos os medicamentos necessários para seu tratamento no sistema de saúde do munícipio.

“Faz um tempinho que eu tenho depressão. Então, eu tive algumas recaídas. Foi aí que eu fui a ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) aqui de Iranduba e consegui o medicamento na primeira vez, mas depois não consegui mais. Pelo SUS daqui eu peguei umas duas vezes um dos remédios, o outro eu tive que comprar. Muitas vezes tive que ir buscar em Manaus, mas na maioria das vezes preciso comprar mesmo. Era para ser fornecido gratuitamente, só que nunca tem”, reclamou.

Licitação – Iranduba firmou contrato com cinco empresas para o “fornecimento de medicamentos de controle especial e da atenção básica”, com valores que ultrapassam R$ 5,2 milhões. Uma das empresas, a WN Comercio Importação e Representações Ltda foi alvo de inquérito, em março deste ano, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) para “apurar suposta prática de sobrepreço na venda à Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) de insumos necessários ao combate à pandemia de Covid-19”.

As outras empresas beneficiadas com o pregão são: a Decares Ltda, com R$ 295.100,00; a Norte Green Comércio de Produtos Farmacêuticos e Hospitalares, com R$ 135.000,00; a EC Alves Comércio de Medicamentos e Representação Eireli, com R$ 3.483.529,00; a Vinorte Comércio de Produtos Hospitalares Ltda, com R$ 1.010.873,00; e a WN Comércio Importação e Representações Ltda, com R$ 320,200,00.

De acordo com a homologação do pregão eletrônico nº 004/2021 – SRP/CPL, publicado no Diário Oficial da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), a Prefeitura de Iranduba firmou contrato com as cinco empresas no valor total de R$ 5.244.702,00. O documento foi assinado pelo prefeito em exercício José Augusto Ferraz de Lima.

A equipe do Portal O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Iranduba por meio da assessoria do prefeito Augusto Ferraz, para obter detalhes sobre o contrato e outras especificações, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno às demandas.

Confira os documentos:

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Da Redação

Foto: Divulgação / Ilustração: Marcus Reis

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