O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, e o diretor-executivo da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA), Elias Moraes de Araújo, assinaram, na manhã de terça-feira (25), previamente à 310ª Reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), na sede da Autarquia, o contrato de gestão do novo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA).
Agora, oficialmente, o CBA será gerido na forma de uma Organização Social (OS) administrada por um consórcio formado por instituições sem fins lucrativos – a FUEA, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP). Com isso, o Centro poderá fortalecer a capacidade orçamentária e estrutural e impulsionar a missão de desenvolver tecnologias e novos negócios a partir do aproveitamento sustentável dos recursos naturais da Amazônia, atuando de forma integrada com Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), incubadoras, aceleradoras e empresas de base tecnológica na execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação na região.
A solenidade da assinatura foi acompanhada pelo ministro das Comunicações do Brasil, Juscelino Filho, pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, pelo vice-governador de Roraima, Edilson Damião, pelo prefeito de Manaus (AM), David Almeida, pelo prefeito de Boa Vista (RR), Arthur Henrique Machado, pelo senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Chico Rodrigues (PSB-RR) e pelos deputados federais Amom Mandel (Cidadania-AM), Silas Câmara (Republicanos-AM) e Sidney Leite (PSD-AM), entre outras autoridades, empresários, parlamentares e representantes de entidades de classe.
Durante o evento, o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, contextualizou a assinatura do contrato de gestão do CBA com a efetivação do primeiro contrato de gestão do Brasil, pós constituinte de 1989, com o hospital brasiliense Sarah Kubitechk, lembrando os efeitos positivos para a comunidade atendida pela entidade, e fez um paralelo comentando os benefícios que a existência de uma instituição tecnológica de grande porte, utilizando o exemplo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e os ganhos para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos – pode trazer para a geração de empregos e a criação de empresas e novos negócios. “Toda a lógica do contrato de gestão está baseada em metas e resultados e em ganhar maior flexibilidade para alcançá-las. Vamos iniciar uma nova jornada da pesquisa em biotecnologia na Amazônia e de bons desafios, com a biodiversidade gerando emprego, renda, patentes, fazendo pesquisa e desenvolvimento, e agora podendo também trazer investimento privado além dos recursos públicos”, afirmou Alckmin.
CBA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia assinado um decreto presidencial que dá autonomia ao Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), que fica em Manaus. A instituição passa a ter personalidade jurídica própria e poderá captar recursos públicos e privados para pesquisas.
Com a assinatura do documento, o CBA deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser gerido pela Organização Social (OS), responsável pela gestão da instituição.
A OS é formada por um consórcio de três instituições:
- Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea)
- Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
- Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP)
O CBA foi criado em 2002 e conta com uma estrutura de 12 mil metros quadrados que inclui 26 laboratórios, um núcleo de produção de extratos, uma planta piloto industrial e uma incubadora de empresas, entre outros equipamentos e instalações.
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Por July Barbosa
Revisão textual: Vanessa Santos
Foto: Divulgação