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quarta-feira, dezembro 4, 2024

Professores da rede municipal denunciam atrasos salariais em Manacapuru

Os profissionais da Educação afirmam que a o prefeito , tem fechado os olhos contra eles e isso tem afetado no dia a dia dos trabalhadores.

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Professores da rede municipal de Manacapuru (a 98 quilômetros de Manaus) estão denunciando atrasos salariais para os educadores no município. Os profissionais da Educação afirmam que a prefeitura, sob a gestão de Beto D’Ângelo, tem fechado os olhos contra eles e isso tem afetado no dia a dia dos trabalhadores.

“Os efetivos ainda não receberam, mas não é somente os contratados que estão nesse barco”, destacou ao portal O Convergente uma professora, que preferiu não se identificar, com medo de represálias.

Segundo a educadora, mesmo com tentativas de diálogos com a prefeitura, não há nenhuma resposta convincente por parte do Executivo municipal sobre o subsídio dos professores, cuja falta de pagamento tem prejudicado os trabalhadores da Educação.

“A Receita não espera não e ela cobra juros alto. Cartão de crédito, supermercado, ninguém espera para depois, a gente tem que pagar mesmo”, lamentou a professora.

Ainda segunda a educadora, os profissionais da Educação, representados pelo Sindicado dos Trabalhadores dos Trabalhadores em Educação Municipal, chegaram a participar de uma breve reunião com a prefeitura nesta semana, mas nada foi acordado entre as partes.

Aumento

A denúncia quanto à suposta falta de pagamento dos professores ocorre após ao escândalo evolvendo o salário dos vereadores de Manacapuru, que saiu de R$ 7,8 mil para R$ 16,5 mil.

O próprio Beto D’Ângelo sancionou a lei, que deve começar a vigorar partir de 1º de janeiro de 2025.

Veja também: Após eleições, vereadores aumentam próprio salário para R$ 16 mil em Manacapuru; lei é sancionada por prefeito

Denúncias

A pouco para o fim do ano e o fim do mandato de Beto d’Ângelo à frente da Prefeitura de Manacapuru, o gestor tem sido alvo de diversas ações. Na passada, o gestor virou alvo de uma investigação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Manacapuru (a 98 quilômetros de Manaus), por conta de suposta ausência de paradas de ônibus e passarelas no município.

O inquérito civil foi instaurado e publicado na terça-feira, 26, no Diário Oficial Eletrônico do órgão ministerial. A abertura do inquérito decorreu de um Procedimento Preparatório instaurado em 2024, que identificou pendências relacionadas à falta de infraestrutura urbana na cidade, como pontos de ônibus e passarelas

Veja também: Prefeito é alvo de inquérito no MPAM por suposta falta de paradas de ônibus e passarelas em Manacapuru

No começo de novembro deste ano, o MPAM também instaurou uma investigação para acompanhar quais medidas a Prefeitura de Manacapuru está adotando na reparação e prevenção de desastres naturais e deslizamentos de terra no município. O procedimento administrativo ocorreu após o desmoronamento no porto da cidade, ocorrido no dia 7 de outubro deste ano.

Veja também: MP instaura investigação para saber quais medidas contra desastres Manacapuru está adotando.

Outro lado

O Convergente entrou em contato com a Prefeitura Municipal de Manacapuru e com a Câmara da cidade e solicitou um posicionamento a denúncia dos professores e questionou qual a quantidade de servidores da educação ativos no magistério.
Até a publicação, sem retorno das partes. O Convergente reforça o espaço aberto para devidas manifestações.

 

Por: Bruno Pacheco
Ilustração: Marcus Reis
Revisão jurídica: Letícia Barbosa

 

 

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