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sexta-feira, novembro 22, 2024

Caso Abin: Moraes derruba sigilo de suposto áudio em que Bolsonaro fala sobre investigação de ‘rachadinhas’

Segundo a PF, a conversa está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre a investigação de Flávio Bolsonaro por “rachadinha” no seu gabinete

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) retirou nesta segunda-feira (15) o sigilo sobre uma gravação colhida durante a investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na semana passada, a PF encontrou um áudio com uma conversa entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem na investigação de espionagem ilegal no órgão de inteligência do governo federal. Segundo a PF, a conversa foi “possivelmente” gravada por Ramagem e ocorreu em agosto de 2020.

De acordo com a o G1, a decisão de Moraes levou em consideração o pedido dos advogados dos investigados pela Polícia Federal, que pediram para terem acesso aos autos do processo. Com isso, Moraes atendeu o pedido da defesa e derrubou não só os autos sobre o caso Abin, mas também trechos da gravação colhida pela PF.

Sobre o áudio

A gravação tem 1 hora e 8 minutos e está sob segredo de Justiça. Segundo a PF, a conversa está relacionada ao uso ilegal da Abin para obter informações sobre a investigação na qual o senador Flávio Bolsonaro (PL) foi investigado por “rachadinha” no seu gabinete quando ele ocupou do cargo de deputado estadual. A advogada de Flávio, que não teve o nome citado, também teria participado da conversa. Em 2021, a apuração foi anulada pela Justiça.

Segundo a PF, agentes que participavam do esquema realizaram o monitoramento de três auditores da Receita Federal responsáveis pelo relatório fiscal que baseou a investigação.

“Neste áudio, é possível identificar a atuação de Alexandre Ramagem indicando, em suma, que seria necessário a instauração de procedimento administrativo contra os auditores da Receita com o objetivo de anular a investigação, bem como retirar os auditores de seus respectivos cargos”, aponta o relatório.

*Com informações do G1

Leia mais: Investigados no caso ‘Abin Paralela’ continuam presos por determinação do STF

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