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sexta-feira, maio 10, 2024

Carlos Bolsonaro entra na investigação da PF sobre espionagem da Abin

Os agentes da PF cumpriram nove mandados de busca e apreensão em uma nova fase da operação 'Operação Vigilância Aproximada'. Dentre os locais visitados pelos agentes, está o gabinete do vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) virou alvo da investigação da Polícia Federal que apura espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A PF esteve na casa do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro (RJ) e apreendeu um computador da Abin na residência do parlamentar nesta segunda-feira (29).

Os agentes da PF cumpriram nove mandados de busca e apreensão em uma nova fase da operação ‘Operação Vigilância Aproximada’. Além da casa de praia da família em Angra dos Reis, os policiais também realizaram buscas em Brasília (DF), Formosa (GO), e Salvador (BA), além do gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Antonio Carlos Fonseca, advogado de Carlos, esteve presente durante as diligências realizadas pelos agentes federais. Até o momento, a defesa não emitiu posicionamento sobre a operação.

 

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A Polícia Federal obteve detalhes de que ‘Carluxo’ recebia informações ilegais da Abin. Em comunicado, a PF informou que o intuito da investigação é “avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente na Abin”.

Os mandados executados nesta segunda-feira foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Na decisão do ministro (íntegra – PDF – 313 kB), consta um relatório da PF que indica a instrumentalização da Abin sob o ex-comandante Alexandre Ramagem.

Pessoas ligadas ao vereador do Rio de Janeiro também são investigadas. Mandados de busca foram emitidos para os endereços da assessora Luciana Paula Garcia da Silva Almeida; do militar do Exército cedido para a Abin durante a gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues; e da assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva.

Confira a nota da Polícia Federal

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta segunda-feira (29), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira. O objetivo é investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ (1) Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), FormosaGO (1) e Salvador/BA (1).

Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Leia mais: Caso Marielle, venda de curso e críticas ao sistema eleitoral são pautas de ‘superlive’ da família Bolsonaro

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