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segunda-feira, maio 20, 2024

Caso Marielle, venda de curso e críticas ao sistema eleitoral são pautas de ‘superlive’ da família Bolsonaro

Ao lado dos filhos, o ex-presidente Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo para mais de 200 mil espectadores, nesse domingo (28)

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A família Bolsonaro realizou uma “superlive” nesse domingo (28) onde abordou temas como causas ideológicas, críticas sobre a legalização do aborto e da maconha, além do marco temporal. Entre um dos assuntos que repercutiu, está as falas do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a vereadora assassinada Marielle Franco. A transmissão contou com mais de 210 mil espectadores.

Ao lado dos filhos, Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, o ex-presidente também fez uma convocação aos espectadores da transmissão ao vivo para realizarem treinamentos on-line de formação política. A chamada “Ação Conservadora” é um curso guiado por Eduardo e Carlos Bolsonaro, com o custo é de quase R$ 300, com direito a certificado.

Um dos assuntos tratados pelo ex-presidente na superlive também foi o Caso Marielle. Na semana passada, a investigação da Polícia Federal teve um novo desdobramento ao receber informações de que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seria o mandante do crime. A informação ainda será apurada.

De acordo com Bolsonaro, “a Polícia Federal não cansa” de investigar o caso, além de insinuar que o novo nome citado no caso seria para tentar chegar até ele.

“Já começa outra narrativa. A PF, a PF do B, igual existe PCdoB, trabalha com hipótese de um segundo mandante. Ou seja, eles não cansam”, disse o ex-presidente. Bolsonaro ainda afirmou que não tinha contato com Marielle Franco, assassinada em 2018.

8 de Janeiro

Durante a superlive, o ex-presidente também falou sobre os ataques do 8 de janeiro de 2023, quando a Praça dos Três Poderes e os prédios das autoridades foram invadidos e depredados. No comentário, Bolsonaro lamentou as ações violentas, além de se referir aos presos como “pobres coitados”.

“Quantas vezes eu recebia de alguém do Supremo, ‘tem 24 horas, 48 horas para fazer isso, informar aquilo. Por que o Supremo não decidiu acabar com os acampamentos no dia 1º de janeiro ou e de janeiro?”, questionou apontando um método para ter evitado os ataques.

Bolsonaro ainda afirmou que não houve tentativa de golpe de Estado, uma das alegações usadas pelas autoridades para os ataques do 8 de janeiro. De acordo com ele, se houvesse tentativa de golpe, o presidente Lula e o ministro Flávio Dino deveriam ser os primeiros a descobrir.

“Agora, se alguém queria dar um golpe, o primeiro interessado em desvendar isso é o Lula, é o ainda ministro da Justiça Flávio Dino. Por que o Dino não dá as imagens? […] Por que quando aconteceu o lamentável quebra-quebra em Brasília, toda imprensa colocou o magrinho derrubando o relógio com minha imagem na estampa?”, perguntou.

Eleições

Bolsonaro ainda voltou a defender o voto impresso nas eleições do Brasil e, ao tentar justificar o sistema eleitoral, usou o exemplo a Venezuela.

“Houve um acordo entre a oposição e a situação de Nicolás Maduro na Venezuela, o Tratado de Barbados, eles resolveram juntos trabalhar para que sanções americanas deixassem de existir ou fossem atenuadas em troca de eleição livre e justa na Venezuela”, afirmou.

O ex-presidente ainda criticou o Tribunal Superior Eleitoral, ao insinuar que o órgão teria ajudado a derrotá-lo nas eleições. “O querido TSE fez campanha nas eleições para que os jovens tirassem título de eleitor. E por volta de 80% dos jovens votam na esquerda, votam no PT, então foi campanha do TSE, com toda certeza […] ajudou muito nas eleições de 2022”, alegou.

Vale lembrar que o mandato do vereador Carlos Bolsonaro termina este ano e, de acordo com os bastidores, ele pode ser o candidato do PL para disputar as eleições para a Prefeitura do Rio de Janeiro.

Bolsonaro ainda citou o ex-candidato ao Senado pelo Amazonas, Coronel Menezes, durante a superlive. Ao mencionar o possível candidato à prefeitura de Manaus, ele afirmou que tem contato direto com o político, insinuando um possível apoio no futuro.

Fake News

Em um comentário crítico sobre a lei de combate às fake news, Bolsonaro afirmou que a proposta era uma “pá de cal na democracia brasileira”. A lei ainda não foi aprovada e está em trâmite na Câmara dos Deputados.

“Nos acusam de espalhar fake news, mas não mostram quais são as fake news. Nos acusam de gabinete de ódio, mas não mostram a matéria que teria saído do tal gabinete do ódio”, disse na superlive.

Nas falas, Bolsonaro ainda criticou o Tribunal Superior Eleitoral, acusando o órgão ser parcial durante as eleições. “Só se derruba página de direita, só se censura quem é conservador no nosso país e o projeto não pode passar na Câmara”, pontuou.

Leia mais: José Dirceu aponta Michele Bolsonaro como possível candidata à Presidência em 2026, em meio a oposições

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Por Camila Duarte

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