Após a sanção do reajuste salarial de 5,48%, os professores da rede municipal de ensino realizaram duas assembleias gerais para decidir os próximos passos da categoria, incluindo a possibilidade de deflagração de uma greve em Manaus.
Os encontros foram convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) e pela Associação dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical).
As assembleias ocorreram após a aprovação do Projeto de Lei nº 350/2025 na Câmara Municipal de Manaus (CMM), que definiu o percentual de reajuste e foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Município. Os sindicatos alegam que o índice não corresponde à recomposição das perdas salariais causadas pela inflação.
Em nota publicada nas redes sociais, a Asprom classificou o reajuste como insuficiente e questionou a legalidade dos cálculos que embasaram a proposta aprovada pelos vereadores. “O texto se manteve sem nenhuma modificação, com cálculos errados, que não atendem à recomposição justa da categoria”, afirmou o sindicato.
Ambas as entidades vêm articulando um possível movimento grevista desde que o projeto foi apresentado pelo Executivo municipal. A avaliação é de que, ao não corrigir o salário conforme os índices inflacionários acumulados, a Prefeitura de Manaus impõe perdas reais à remuneração dos profissionais da educação.
Caso a greve seja aprovada, uma nova rodada de assembleias deverá ocorrer para definir a data de início e a estratégia do movimento.
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