Apesar dos protestos contra a privatização do Serviço de Assistência à Saúde do Município de Manaus (Manausmed), o prefeito de Manaus David Almeida (Avante) assinou um contrato com a Hapvida Assistência Médica Ltda, que passará a atender os servidores municipais. O valor que será gasto com o contrato pelos cofres públicos ultrapassa R$ 100 milhões.
O ano de 2024 foi marcado por protestos dos servidores municipais que, apesar de cobrarem melhorias na Manausmed, ainda assim se posicionavam contra a privatização e a transferência do plano de saúde para a empresa Hapvida.
Na última sexta-feira (13), o prefeito David Almeida aprovou o contrato entre a Prefeitura de Manaus e a Hapvida, pelo valor de R$ 108,4 milhões por ano. O despacho foi assinado pelo secretário municipal de Administração, Planejamento e Gestão, Célio Bernardes Guedes.
De acordo com o documento, empresa contratada prestará “serviço de plano privado de assistência à saúde e assistência odontológica, para atender as necessidades dos órgãos e entidades da administração pública“.
Conforme noticiou O Convergente, em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Manaus buscava a privatização dos serviços da Manausmed. No entanto, servidores municipais foram à Câmara Municipal de Manaus para protestar contra a privatização.
“Apesar do prefeito ter anunciado que recuou dessa tentativa de verticalização e privatização, nós precisamos, urgentemente, de duas coisas: primeira coisa, um documento assinado pelo prefeito em que ele ateste que não vai mais buscar esse caminho da verticalização e privatização; segundo, que imediatamente o prefeito apresente um plano de melhoria e ampliação do Manausmed”, afirmou o professor Lambert Melo, na época.
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Após o despacho ser publicado, o vereador Rodrigo Guedes (PP) usou as redes sociais para informar a ação do prefeito David Almeida, e pontuar que o mesmo esperou o fim da eleição para privatizar o plano de saúde.
“O prefeito David Almeida esperou passar a eleição, se reeleger e esperou acabar as sessões legislativas, e simplesmente autorizou a publicação do decreto que privatiza a Manausmed para a Hapvida por R$ 108 milhões por ano, um golpe contra a cidade de Manaus, um golpe contra os milhares de servidores públicos da forma mais vil, sorrateira, criminosa“, disse.
Outro lado
O Convergente buscou um posicionamento da Prefeitura de Manaus em relação à privatização dos serviços da Manausmed e o porquê a contratação ocorreu sem aviso prévio, e aguarda retorno.
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