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sexta-feira, outubro 18, 2024

PF prende suspeitos de planejarem ataque terrorista com o Hezbollah no Brasil

Não foram divulgados nomes dos detidos nem as cidades onde os mandados foram cumpridos

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A Polícia Federal deflagrou uma operação, nesta quarta-feira (8), para prevenir atos terroristas no país, com a prisão de duas pessoas. A Operação Trapiche, segundo a PF, tem como objetivo “interromper atos preparatórios de terrorismo para ataques a prédios da comunidade judaica no Brasil”. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Minas Gerais.

Não foram divulgados nomes dos detidos nem as cidades onde os mandados foram cumpridos. Um deles foi preso no aeroporto de Guarulhos, quando chegava do Líbano.

Segundo informações, o planejamento envolveu recrutados pelo Hezbollah, grupo islâmico xiita que atua no Líbano. O Hezbollah recebe financiamento do Irã e, na guerra atual entre Israel e o Hamas, é aliado do grupo palestino, tendo inclusive atacado partes do território israelense.

A operação ocorreu nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal e, além de dois mandados de prisão temporária, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte. Segundo a Justiça, a operação corre em sigilo e não serão fornecidas, por enquanto, mais informações sobre as investigações.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a investigação da PF envolve a “hipótese de uma rede terrorista tentando se instalar” no Brasil. “Há indícios, não há confirmação, mas isso mostra a seriedade do governo federal para desarticular eventuais redes associadas a redes internacionais voltadas para o terrorismo”, afirmou o ministro ao participar de evento no Rio de Janeiro.

Um policial ouvido pela reportagem da BBC Brasil reforçou que os suspeitos são financiados pelo Hezbollah e planejavam fazer ataques contra a comunidade judaica no Brasil.

Os recrutadores e recrutados responderão pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.

Os crimes previstos na Lei de Terrorismo se configuram hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto, e o cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado independentemente de trânsito em julgado da condenação.

Confira o balanço da operação:

Minas Gerais: 7 mandados de busca e apreensão cumpridos;

Distrito Federal: 3 mandados de busca e apreensão cumpridos;

São Paulo: 1 mandado de busca e apreensão e 2 mandados de prisão temporária

Leia mais: Brasileiros continuam fora da lista de permissão para deixar Gaza

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Por July Barbosa com informações BBC

Revisão textual: Vanessa Santos

Foto: Divulgação

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