O senador Eduardo Braga (MDB-AM) que, até então, se intitulava independente pode passar a compor a tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro, na CPI da Covid, no Senado. Na visão dos governistas, Braga vem se aproximando do grupo. O senador Braga esteve com o presidente Bolsonaro e o pré-candidado ao Senado, Alfredo Menezes (Patriota) na semana passada.
Foi o que apurou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, para quem os apoiadores de Bolsonaro avaliam que Braga começa a dar sinais de um alinhamento maior ao grupo. “Essa percepção já é compartilhada até mesmo por integrantes do grupo majoritário de senadores independentes e de oposição ao qual Braga, em tese, ainda faz parte”, disse o colunista.
A assessoria de imprensa do senador informou que não procede o que foi divulgado pela coluna, ou seja, ele continua no grupo majoritário do colegiado.
O colunista diz ter ouvido tanto governistas quanto integrantes que perceberam sinais de mudança na postura do senador na sessão da última quinta-feira, 10/6, quando o ministro da Saúde, Marcel Queiroga prestou novo depoimento.
O senador Eduardo Braga defendeu que os colegas governistas também pudessem enviar perguntas para a médica Ludhmila Hajjar, que não aceitou suceder a Eduardo Pazuello na pasta da Saúde, responder em vídeo ou por escrito.
“Meu querido relator, eu poderia fazer uma ponderação para tentar fazer um equilíbrio? Eu acho que é importante ter o depoimento, mas é preciso, colher informações de ambas as correntes”, propôs Braga na ocasião.
“Até então, a ideia do relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), era que a médica respondesse perguntas só dele. A proposta de depoimento a distância, porém, acabou sendo rejeitada”, diz o texto do colunista.
Em suma, houve o entendimento de que buscar a maior participação de todos os parlamentares no depoimento de Ludhmila Hajjar foi outro sinal de alinhamento ao grupo governista.
Bolsonarista – Anteriormente, o senador do MDB já havia sido percebido com tendências bolsonaristas. Suas intervenções na CPI são ácidas contra o governador do Amazonas, mas muito suaves ou até mesmo inexistentes quanto a Bolsonaro.
Nem mesmo quando é atacado pelo presidente da República, como no recente episódio dos ataques criminosos em Manaus, Eduardo Braga reage. É um comportamento totalmente inverso ao do outro senador amazonense na CPI, o presidente Omar Aziz (PSD).
Conforme o meio político, essa atitude de Braga tem a ver com suas pretensões de voltar ao Governo do Estado em 2022. É um desejo que alimenta desde 2014, mas vem colecionando fracassos nas urnas a partir da derrota para José Melo.
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Com informações Portal BNC
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