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segunda-feira, outubro 7, 2024

Irregularidades: TSE vê indício de fraude em R$ 605 milhões em gastos de campanhas

O relatório parcial produzido por técnicos da Corte Eleitoral foi resultado do cruzamento de informações entre as prestações de contas apresentadas pelos candidatos até o último dia 13 de setembro e dados de órgãos de fiscalização. Na lista de casos suspeitos estão gastos que teriam sido feitos por parentes e empresas de fachada com sócios inscritos em programas de assistência social do governo federal, como o Auxílio Brasil

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou irregularidades no uso do dinheiro público para custear campanhas. Na lista de casos suspeitos estão gastos que teriam sido feitos por parentes e empresas de fachada com sócios inscritos em programas de assistência social do governo federal, como o Auxílio Brasil. Os indícios de fraude  representam um total de R$ 605 milhões.

A análise preliminar realizada pelo TSE com dados recebidos de entidades fiscalizadores identificou, até anteontem, ao menos 59.072 casos de doações ou gastos potencialmente irregulares.

O relatório parcial produzido por técnicos da Corte Eleitoral foi resultado do cruzamento de informações entre as prestações de contas apresentadas pelos candidatos até o último dia 13 de setembro e dados de órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal.

Entre as irregularidades cometidas com recursos públicos constam ao menos 190 casos de doadores desempregados que repassaram, ao todo, R$1,1 milhão às campanhas. Há, ainda, seis pessoas mortas que destinaram R$ 39 mil para candidatos.

Foram identificadas 10.296 situações nas quais um mesmo concorrente recebeu diversas contribuições feitas por diferentes empregados de uma mesma empresa. A principal fonte de suspeita dos órgãos técnicos advém de 42 mil empresas com baixo número de empregados que receberam R$ 309 milhões pela prestação de serviço às campanhas.

Além disso, boa parte do montante de R$ 605 milhões destinado às atividades alvo de suspeitas foi usada para bancar contratações de empresas abertas neste ano ou com sócios filiados a partidos. Mais de R$ 263 milhões foram utilizados para essa finalidade.

Somam-se a essas irregularidades 109 empresas fornecedoras de serviços às campanhas, com sócios inscritos em programas sociais, como o Auxílio Brasil, que paga R$ 600 mensais. Juntas, elas repassaram mais de R$ 1 milhão a candidatos neste ano.

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Da Redação com informações do UOL

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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