Um espaço que deveria estampar o orgulho de ser manauara, valorizando o turismo e a cultura da capital amazonense, está em estado de completo abandono. O centro de Manaus e os inúmeros problemas acumulados pela ausência dos governos municipal e estadual na região foi tema da audiência pública realizada pelo vereador Coronel Rosses (PL), nesta sexta-feira (13), na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), no Centro, que teve a presença do vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL-SP).
A pré-candidata ao Governo do Amazonas pelo Partido Liberal, Professora Maria do Carmo, esteve no evento a convite do vereador Rosses e integrou as discussões sobre a temática do Centro de Manaus, de grande relevância social por envolver questões sensíveis, como a população em situação de rua, o tráfico de drogas, a prostituição, o prejuízo aos comerciantes locais e a falta de conservação do patrimônio histórico do local onde a cidade começou.
“Tenho um projeto para o Centro, que é muito bonito, de reurbanização e reocupação. Podem contar comigo. Entrei na política para fazer a diferença, porque não se pode mais cruzar os braços e esperar pelas consequências como vítimas. O que falta é vontade política de quem está no comando. Essa é a realidade. Enquanto não tivermos governantes e pessoas engajas nada muda”, afirmou Maria do Carmo ao parabenizar a iniciativa.
A Professora Maria do Carmo, que é mestre e doutora em Direito, lembrou que, por três anos, fez mestrado em São Paulo e viu a triste realidade da ‘cracolândia’ de perto. “O que tem sido feito na capital paulista é prova de que quem quer fazer faz. Apesar de ser um problema grave, o que acontece no Centro de Manaus ainda é pequeno diante do que São Paulo teve que enfrentar. Tem solução, falta vontade de fazer”, insistiu Maria do Carmo, enaltecendo os dados apresentados pelo vice-prefeito Mello Araújo.
Após abordar os problemas do Centro, Maria do Carmo apontou dados divulgados pela própria prefeitura em 2024, Manaus tem uma população de, aproximadamente, 1.600 pessoas em situação de rua, incluindo dependentes químicos. “E o que se tem para acolher essas pessoas é uma casa de passagem que atende 80 pessoas. Uma vergonha!”, criticou, apontando, ainda, a falta de centros de reabilitação para dependentes químicos e a política ineficaz de segurança pública para fazer frente ao tráfico.
“Temos que encarar os números e a realidade. É preciso ir na raiz do problema para resolver e temos que cobrar soluções de tem obrigação de fazer e não faz”, finalizou a pré-candidata, que é empresária e está à frente do resgate histórico da Santa Casa de Misericórdia, prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que foi a leilão e foi adquirido pelo Grupo Fametro. O local será um hospital universitário com portas abertas ao SUS.
*Com informações da assessoria
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