Uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (18), resultou na prisão do vereador reeleito Genilson Costa (Republicanos), presidente da Câmara de Boa Vista. A Operação Martellus investiga uma suposta associação criminosa voltada à prática de compra de votos e outros crimes eleitorais.
Após a prisão, o candidato foi liberado em decorrência decisão proferida em sede de habeas corpus.
Segundo as investigações, o esquema seria, supostamente, liderado por Genilson Costa e contava com um suposto apoio de agentes públicos, incluindo um oficial da Polícia Militar do estado de Roraima que manteria o vereador informado sobre denúncias recebidas sobre a compra de votos investigada.
Além disso, a investigação ainda apontou que o vereador, supostamente, teria recebido patrocínio do tráfico para o exercício de suas atividades parlamentares, inclusive, para a disputa à presidência da Câmara de Boa Vista.
A investigação contra o vereador teve início após a prisão em flagrante de dez pessoas no dia 5 de outubro, um dia antes do 1º turno das eleições, pelo crime de corrupção eleitoral.
No dia do 1º turno das eleições, uma busca e apreensão conduzida pela PF identificou a prática de diversos crimes eleitorais, culminando com a prisão em flagrante do candidato pela prática dos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e por ter ouro em sua forma bruta em sua residência, o que é crime.
De acordo com a PF, um suspeito, apontado na investigação como líder de campanha, teria cooptado eleitores para votar em Genilson Costa, que foi reeleito. Em contrapartida ao voto, essas pessoas teriam recebido valores que variavam entre R$ 100 e R$ 150. Ao menos R$ 1 milhão teriam sido utilizados na compra de votos.
Ao todo, a PF cumpre 18 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça da 1ª Zona Eleitoral de Roraima.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de associação criminosa, corrupção eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, transporte ilegal de eleitores, violação do sigilo do voto, violação de sigilo funcional, prevaricação e lavagem de dinheiro.
Outro lado
O Convergente entrou em contato com o vereador Genilson Costa (Republicanos) para buscar um posicionamento do parlamentar, referente as investigações da Polícia Federal. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos e envio de futuras notas.
*Da Redação com informações da Polícia Federal