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segunda-feira, novembro 25, 2024

“Usa a criatividade para me denunciar”, reage Bolsonaro após ser indiciado pela PF

Bolsonaro está entre os mais de 30 indiciados pela PF pelo suposto plano de matar o então presidente eleito Lula, em 2022

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Após ser indiciado pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (21),  o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o suposto envolvimento no plano golpista para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022.

A PF concluiu o inquérito que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito. Entre os indiciados estão Bolsonaro; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Em entrevista para a coluna Paulo Cappelli do Metrópoles, Bolsonaro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, disse.

Ainda de acordo com Bolsonaro, a equipe usa da ‘criatividade’ para tentar denunciá-lo por crime. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, pontuou.

As investigações apontaram que os envolvidos se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de ao menos seis núcleos: o de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; o Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado; o Jurídico; o Operacional de Apoio às Ações Golpistas; o de Inteligência Paralela e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Leia mais: Lula quebra o silêncio após suposto plano de envenenamento vir à tona: ‘Agradeço por estar vivo’

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