Em resposta a falsa filiação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao PL, que levantou uma grande suspeita na semana passada ao partido do ex-presidente e Jair Bolsonaro (PL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agora planeja aumentar a segurança do sistema utilizado para o registro de membros partidários. A partir de fevereiro, esse acesso ao Sistema de Filiação Partidária, conhecido como Filia, exigirá a conclusão de etapas adicionais.
Na quinta-feira (11) passada, o GLOBO divulgou que o presidente Lula (PT), partido que ele fundado por ele na década de 80, esteve registrado no PL por quase seis meses. Diante das divergências de filiação, o TSE solicitou que a Polícia Federal (PF) investigasse possíveis evidências de crime relacionadas ao caso. Na sexta-feira (12), a Polícia Federal (PF) iniciou um inquérito policial para apurar o ocorrido.
No momento, qualquer modificação partidária de um eleitor só pode ser realizada por um representante do respectivo partido, que deve estar cadastrado no sistema de filiação e possuir uma senha pessoal.
A investigação interna do TSE determinou que a inclusão de Lula no PL foi realizada através do login da advogada Ana Daniela Leite e Aguiar, que trabalha para o partido. O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, informou que a inclusão do membro do PT na legenda do PL possa ter sido obra de um hacker.
Por isso, a segurança será reforçada pelo TSE, o sistema implementará a autenticação de dois fatores. A partir de fevereiro, todos os representantes partidários que utilizam o ‘Filia’ com uma senha também precisarão do aplicativo e-Título para validar o acesso ao sistema. Será necessário que os usuários tenham suas biometrias registradas na Justiça Eleitoral.
A autenticação em dois fatores, é uma medida de segurança adicional usada nos sistemas mais avançados hoje em dia, será implementada. O sistema de filiação foi desativado desde sábado (13). A previsão [e que a implementação esteja completa no início do próximo mês.
O TSE, ressalta o objetivo da medida é “aperfeiçoar os mecanismos de segurança já existentes e tornar cada vez mais protegidos os dados de eleitores filiados a partidos políticos no Brasil.”
Leia mais: PF é acionada pelo TSE para apurar possível fraude na filiação de Lula ao PL