O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, autorizou nessa segunda-feira, 16/1, a inclusão da minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres em uma ação de investigação eleitoral contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedido de inclusão foi feito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) no processo aberto na Corte no ano passado para apurar a legalidade do encontro de Bolsonaro com embaixadores para questionar a lisura da votação eletrônica.
Na decisão, Gonçalves afirma que a minuta pode ter relação com os fatos investigados no processo.
“Constata-se, assim, a inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos e a demanda estabilizada, uma vez que a iniciativa da parte autora converge com seu ônus de convencer que, na linha da narrativa apresentada na petição inicial, a reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, argumentou o ministro.
Além da inclusão da minuta, o ministro deu prazo de cinco dias para a defesa de Bolsonaro se manifestar no processo.
Sem prazo – Ainda não há prazo para julgamento da ação, que pode terminar com a condenação à inelegibilidade do ex-presidente.
“Minuta do golpe” – A minuta foi encontrada pela Polícia Federal após a apreensão realizada na casa de Anderson Torres em Brasília. Ao comentar o caso nas redes sociais, antes de se entregar à PF, Torres disse que o “documento foi vazado fora do contexto”.
Torres está preso em Brasília desde o último sábado, 14/1, após os ataques de vandalismos ocorridos no dia 8 de janeiro, e por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
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Da Redação com informações Agência Brasil
Foto: Marcos Corrêa / PR