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sábado, novembro 23, 2024

Para Moro, união da terceira via é legítima

Ex-ministro afirmou, ainda, que não faz sentido abrir mão de sua candidatura porque está em 3º lugar nas pesquisas

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O ex-ministro da Justiça e pré-candidato à presidência da República, Sergio Moro (Podemos), afirmou que uma união entre os pré-candidatos da chamada 3ª via ainda é possível. A declaração ocorreu nesta terça-feira, 22/2, durante um seminário promovido pelo banco BTG Pactual.

Segundo Moro, uma união entre aqueles que se opõem a Lula (PT) e Bolsonaro (PL) é “essencial”, assim como uma “visão clara” do país desejado. “Acho muito factível a gente [3ª via] se unir em algum momento deste ano para enfrentar esses extremos. Na minha opinião, a gente já deveria estar unidos”, afirmou. “É uma ilusão a gente pensar que temos todo o tempo do mundo.”

O ex-juiz disse, ainda, que possui uma visão econômica similar a do governador João Doria, pré-candidato do PSDB, e que isso poderia facilitar o diálogo. Moro também reforçou que não faz sentido abrir mão de sua candidatura porque está em 3º lugar nas pesquisas.

De acordo com a Pesquisa PoderData, realizada de 13 a 15 de fevereiro de 2022, Moro está em 3º lugar, com 9% das intenções de voto no 1º turno. Logo atrás está Ciro Gomes (PDT), com 4% das intenções de voto. O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), marca 31%, enquanto Lula (PT) tem 40%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e o registro no TSE é BR-06942/2022.

“Mas a gente precisa realmente buscar essa união entre todos os pré-candidatos desse centro democrático, se não nós vamos cair nas garras dos extremos e eu acho que não temos tempo a perder”, destacou Moro.

Reformas e privatizações – Para o ex-juiz, uma possível união entre a 3ª via seria em torno de um projeto reformista. Moro afirmou, ainda, que “é necessário que o governo brasileiro realize reformas de base”.

Na ocasião, Moro citou três reformas: tributária, administrativa e ética (sendo que essa última permitirias as outras). “Não crescemos há muito tempo porque estamos parados, sem lideranças reformistas. O último presidente que fez reformas foi o Fernando Henrique Cardoso”, acrescentou.

O ex-ministro também defendeu a unificação de impostos sobre consumo. Para ele, a resposta é “simplificar e dar mais previsibilidade ao pagamento de impostos”. Já sobre a reforma administrativa, Moro sugeriu uma reforma ampla, que seja a mesma para todos os funcionários públicos. “A ideia é colocar a meritocracia dentro do serviço público. O foco de uma reforma nunca é demitir servidor, é incentivar”, disse.

Além disso, Moro afirmou que todas as empresas estatais podem ser privatizadas em uma possível presidência de sua parte. Segundo ele, não pode haver “preconceitos” entre uma ou outra empresa. Para o ex-juiz, se a privatização não for criar monopólios privados, deve ser considerada.

Ao ser questionado durante o evento sobre suas propostas não serem “similares” aos planos do atual governo de Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia), Moro afirmou que Guedes é liberal, mas está em um “governo iliberal”. Na ocasião, o ministro também estava presente no evento.

“Não adianta o Paulo Guedes vir aqui falar de um monte de reformas que não vão sair”, argumentou o ex-ministro. Segundo ele, “uma reforma administrativa era algo para um 2º mandato, para não atrapalhar a reeleição”, frisou.

Moro citou, ainda, uma reforma ética que visa acabar com a reeleição para presidência e com o foro privilegiado. No final de janeiro, o ex-juiz assinou um termo pelo fim das duas normas.

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Da Redação com informações do Poder360

Foto: Robert Alves/Podemos

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