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domingo, novembro 24, 2024

Wilson e David reeditam ação conjunta e discursam contra caciques ‘vaidosos, arrogantes e prepotentes’

O aniversário de Manaus parece ter marcado, em definitivo, a dobradinha entre o governador Wilson Lima e o prefeito de Manaus David Almeida, numa reedição de ações conjuntas que permearam gestões anteriores. Ambos fizeram questão de ressaltar que buscam a harmonia e o entendimento para garantir a governabilidade e avanços nas políticas públicas.

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O aniversário de Manaus parece ter marcado, em definitivo, a dobradinha entre o governador Wilson Lima (PSC) e o prefeito de Manaus David Almeida (Avante), numa reedição de ações conjuntas que permearam gestões anteriores. E foi com falas direcionadas aos caciques da política do Amazonas que Wilson e David deram o tom dos discursos.

Tanto o prefeito quanto o governador fizeram questão de ressaltar que buscam a harmonia e o entendimento para garantir a governabilidade e avanços nas políticas públicas. Enfático, David Almeida afirmou que a assinatura do protocolo de intenções entre estado e município no valor de R$ 580 milhões é o maior gesto de boa vontade entre governos desde a redemocratização.

“O governador, com esse gesto, estende a mão para Manaus. Estamos vivendo um momento histórico. É o maior presente que Manaus recebe em 352 anos. Desde a redemocratização nós fomos governados por um grupo denominado caciques e esse grupo tinha como premissas o ego e a vaidade. Em 2018, a população abriu os olhos e começou a fechar a cortina da história para essa geração que teve tempo, dinheiro, apoio político e não fez. Em 2020 a população confirmou esse entendimento. Antes não havia relacionamento e o povo sofria, hoje, passados 10 meses, a situação é totalmente diferente. Aqui não se trata de egos e vaidades”, afirmou.

Confira a galeria:

Articuladores – Conforme David, as máquinas começaram a azeitar após a entrada do secretário Luís Fabian Barbosa na articulação política do estado. O prefeito atribuiu a articulação também ao coordenador da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), Marcellus Campêlo.

“Eu estava desesperançado, mas em 15 dias avançamos o que não tínhamos avançado anteriormente e passamos a receber auxílio do Governo do Estado e do Governo Federal. Governador ouça o Fabian, ouça o Marcellus. Eles querem o seu bem”, declarou.

De acordo com David, outro ponto de entendimento entre ele e Wilson é que cada um sabe até onde deve ir. “Sabe por que me entendo com o governador? Me entendo com o senhor governador porque ele não quer ser prefeito de Manaus e eu não quero ser governador do Amazonas. Deus quis que, sem padrinhos políticos, sendo filho dessa cidade e criado em bairro periférico viesse rompendo contra tudo e contra todos para, ao lado do governador, fechar a cortina da história para uma geração que já teve tempo, dinheiro e oportunidade”, falou.

Ao final de seu discurso David falou que “Manaus saberá ser grata ao seu gesto de grandeza, ao seu espírito público, governador. Este momento não seria possível em outra hora porque os caciques são vaidosos e isso acabou matando muitas pessoas nesta cidade”.

Pavulagem – Fora do cronograma de falas previsto pelo cerimonial, o secretário de Limpeza Pública do município, Sabá Reis demonstrou bom trânsito também com a cúpula do governo Wilson Lima. Em seu discurso, ao fazer uma breve retrospectiva da história de vida do prefeito e do governador, Sabá afirmou que não caberia pavulagem entre os dois (David e Wilson).

“Não podem dois caras que têm a origem que tem esses caras ficarem com pavulagem. Essa cidade merece toda a nossa dedicação. Ligo para o Wilson às 4h30, 5h e ele me atende. Manaus te agradece por esse gesto, que é um gesto de grandeza pela cidade que te recebeu”, disse o “primeiro ministro” da gestão municipal antes de receber um forte abraço do governador Wilson Lima.

Ensinamento da pandemia – Sorridente, Wilson Lima iniciou seu discurso dizendo que a união entre poderes é uma das lições aprendidas com a pandemia. O govenador reforçou ainda a fala do prefeito David e afirmou que o tempo de arrogância, prepotência e truculência acabou em 31 de dezembro de 2019.

“Esse grupo entende com muita clareza a necessidade de união em todas as esferas. A pandemia nos ensinou isso. David, sabe aquele tempo da arrogância, prepotência, truculência? Meu irmão, esse tempo acabou em 31 de dezembro de 2019. Manaus precisava de alguém que tem disposição, de alguém que acorda cedo para fazer as coisas acontecerem. Quando a gente une as forças consegue avançar muito mais. Avanço como esse nunca houve antes. Este é o maior acordo de todos os tempos. Tenho muita consciência da minha missão. A Bíblia diz que nenhuma autoridade é colocada no cargo sem autorização dEle e da mesma forma vai permanecer com a autorização dEle”, finalizou.

Ausência sentida – Quem já deve ter sentido o vento contrário ao almejado voo em direção ao governo do Estado foi o vice-prefeito, Marcos Rotta. Ele foi a ausência sentida em meio as dezenas de políticos que se acotovelavam por um espaço de destaque no palco do evento.

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Por Michele Gouvêa

Fotos: Redes sociais

 

 

 

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