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sexta-feira, julho 26, 2024

Juros para famílias e empresas sobem em setembro, diz Banco Central

Esse é o maior patamar desde abril do ano passado, quando estava em 31,3% ao ano. A alta dos juros bancários médios é reflexo do aumento da Selic, que passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para os atuais 6,25% ao ano com o objetivo de tentar conter as pressões inflacionárias.

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Os juros bancários médios com recursos livres, de pessoas físicas e empresas, subiram de 29,8% ao ano, em agosto, para 30,6% ao ano em setembro. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 25/10. Esse é o maior patamar desde abril do ano passado, quando os juros estavam em 31,3% ao ano.

De acordo com os números do BC, a alta dos juros bancários médios é reflexo do aumento da Selic, que passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para os atuais 6,25% ao ano com o objetivo de tentar conter as pressões inflacionárias.

A expectativa do mercado é que o juro básico suba mais, atingindo 8,75% ao ano no fim de 2021 e 9,5% no fechamento de 2022.

Segundo o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, o objetivo do aumento do juro básico da economia pelo Comitê de Política Monetária (Copom) é fazer com que, justamente, essa elevação seja replicada pelos bancos nas linhas de crédito para pessoas físicas e empresas. O objetivo é desaquecer a economia e limitar a propagação da inflação.

“O objetivo da política monetária, quando faz aumento ou redução de juros, é que isso se transmita da taxa de juros básica para as demais taxas de juros da economia. Em termos macroeconômicos, o ciclo de política monetária [definição do juro básico pelo BC] é o fator relevante agora”, disse ele.

Crédito – De acordo com dados do BC, as concessões de empréstimos bancários voltaram a subir em setembro, após terem registrado queda em agosto.

No mês passado, as novas concessões de empréstimos subiram 3,11%. O cálculo foi feito após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

De acordo com o BC, as concessões somaram R$ 432 bilhões em setembro deste ano, o que é o maior patamar de toda a série histórica, que tem início em março de 2011.

Já o volume total do crédito ofertado pelos bancos, segundo a instituição, subiu 2% em setembro, para R$ 4,428 trilhões, na comparação com R$ 4,340 trilhões em agosto. Houve expansão de 2,3% na carteira de pessoas jurídicas e aumento de 1,9% na de pessoas físicas.

Para todo este ano, o Banco Central estima uma expansão de 12,6% no crédito bancário. Em 2020, impulsionado por linhas emergenciais de crédito para o combate aos efeitos da pandemia, o crédito bancário teve alta de 15,5%.

Inadimplência e endividamento – A taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito ficou estável em setembro, em 2,3%. Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência subiu de 2,9% em agosto para 3% no mês passado e, no caso das empresas, recuou de 1,5% para 1,4%.

O Banco Central também divulgou nesta segunda as estatísticas sobre o endividamento das famílias com bancos. Neste caso, os novos números são referentes a julho.

Segundo o BC, o endividamento registrou pequena queda naquele mês, ao somar 59,2% da renda acumulada nos doze meses anteriores, contra 59,6% em junho. Em janeiro de 2020, antes da pandemia da Covid-19, o endividamento das famílias estava em 48,9%. Em janeiro deste ano, já havia avançado para 57,1%.

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Da Redação com informações do G1

Foto: Divulgação

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