Na manhã desta quinta-feira, 20/10, a Polícia Federal deflagrou a operação Gold Rush, com objetivo de investigar um esquema de lavagem de dinheiro que seria responsável pelo comércio de ouro extraído de garimpos ilegais de Roraima e contrabandeados da Venezuela. A suspeita é que tenham sido movimentados mais de R$ 300 milhões em 20 estados.
Além de Roraima a operação ocorre nos estados do Amapá, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e São Paulo. Na ocasião estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal.
A investigação teve início após policiais federais analisarem Relatório de Inteligência Financeira de um dos suspeitos – preso por tráfico de drogas – e terem identificado uma joalheria de fachada em Roraima, que teria movimentado mais de R$ 200 milhões ao longo de cinco anos.
A suspeita é que a empresa era utilizada para receber valores relativos à venda de ouro ilegal por envolvidos de outros estados e seria operada através de um laranja do líder do esquema.
O ouro comercializado, segundo a PF, era de garimpos ilegais em Roraima e do contrabando do minério extraído da Venezuela.
Além de empresas de fachada, as investigações também identificaram negócios regulares que teriam feito movimentações suspeitas, como uma empresa que presta serviços de limpeza urbana, mas que teria depositado mais de R$ 3 milhões para o esquema.
Nas primeiras horas da operação, a PF já havia apreendido ouro, dólar e dinheiro em espécie.
Os principais crimes investigados são lavagem de dinheiro, contrabando, extração ilegal de recursos minerais e usurpação de bens da União. A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 20 anos de prisão, além de multa.
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Da Redação com informações da PF
Foto: Divulgação/ PF