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sexta-feira, março 21, 2025

MP-AM realiza inspeção em escola após denúncias de falta de professores em Manacapuru

Durante a visita, a diretoria da escola explicou que a unidade está sem energia desde o final de janeiro

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A falta de professores de matemática e de física, além da suspensão de aulas por falta de energia elétrica na Escola Estadual Agra Reis, em Manacapuru, motivaram uma inspeção do Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da 2ª Promotoria, na unidade escolar. A visita aconteceu após a instauração da Notícia de Fato 258.2025.000052, fruto de denúncias de moradores.

Durante a visita, a diretoria da escola explicou que a unidade está sem energia desde o final de janeiro, quando um raio atingiu e queimou o transformador do prédio. Na ocasião, a Coordenação Regional da Secretaria de Estado da Educação e Desporto Escolar (Seduc) foi acionada e providenciou a substituição do equipamento, que também queimou dois dias depois.

As aulas, segundo a coordenação da Agra Reis, se iniciaram em fevereiro, porém, por causa da falta de luz, tem sido feito um revezamento entre as turmas.

Em relação à falta de professores, a diretoria informou à promotora de Justiça Suelen Shirley Rodrigues da Silva que um matemático já foi contratado e já se apresentou à escola. O chamamento para o profissional de física, no entanto, não teve interessados.

De acordo com a promotora Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira, a preocupação do Ministério Público é com o rendimento escolar das crianças e adolescentes, especialmente aqueles que estão nos últimos anos do ensino médio, considerando que, para eles, este é o ano do vestibular. “A falta de professores e a redução da carga horária das aulas em consequência da falta de energia certamente trarão prejuízos ao rendimento educacional dessas crianças e dos adolescentes, e por isso a preocupação do Ministério Público”, destacou.

A Coordenação Regional da Seduc informou ao MPAM que a concessionária Amazonas Energia colocou, há três dias, um medidor de energia no poste em frente à unidade escolar para averiguar a carga elétrica que está sendo transmitida. Além disso, solicitou um prazo de sete dias para a apresentação de um relatório que verificará se a responsabilidade pela queima do transformador é da Amazonas Energia ou da empresa fornecedora do produto. A aquisição de um novo transformador já está sendo providenciada, segundo a pasta.

Diligências

Em seu despacho, a promotora Suelen Shirley Rodrigues da Silva Oliveira requereu à Coordenação Regional da Seduc, em Manacapuru, que informe, no prazo de até dez dias, o dia em que será efetuada a troca do transformador da escola, bem como um cronograma para a reposição das aulas perdidas, assim como os nomes dos novos professores.

Além disso, a unidade da Amazonas Energia deverá apresentar informações sobre a situação do transformador da escola.

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