Durante uma entrevista, nessa quinta-feira (18), o senador Omar Aziz (PSD) agradeceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por, supostamente, ordenar que os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) o investigassem. Segundo Omar, a suposta investigação contradiz as críticas que recebeu ao longo de sua carreira pública, pois prova que não há nada contra ele.
“Não tem nada, se tivesse, teriam mostrado. Quero agradecer a você, Bolsonaro. Você me deu salvo-conduto, porque você mandou me investigar. Você veio ao meu Estado e me agrediu várias vezes”, iniciou o senador.
Ao continuar o discurso, ele afirmou que “sofreu muito”, fazendo relação com as críticas que recebeu durante a vida pública, mas que agora estava comprovado que não havia nada contra ele.
“Eu sofri muito, mas eu quero te agradecer agora, sabe por quê? Você mandou a Agência Brasileira de Inteligência me investigar […]. Investigou e não achou nada”, pontuou.
Além disso, Omar ainda afirmou que não tem raiva do ex-presidente por, supostamente, ordenar as investigações contra ele. “Eu não tenho que ficar com raiva do Bolsonaro não, até porque não sou inimigo dele, somos adversários políticos e pensamos diferente”, afirmou.
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Alvo da Abin
Na última semana, uma investigação da Policia Federal apontou que o senador Omar Aziz, que presidiu a CPI da Pandemia no Senado, era um dos alvos de monitoramento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os atos irregulares teriam ocorrido durante o governo de Jair Bolsonaro.
Em nota, o senador do Amazonas afirmou que foi perseguido durante os quatro anos em que Bolsonaro esteve na presidência. Além disso, ele afirmou que “não deve nada” e que permanece de cabeça em pé para lutar pelo Brasil e pelo Amazonas.
De acordo com a PF, servidores utilizaram ferramentas de espionagem adquiridas pelo órgão para monitorar os movimentos de autoridades do Judiciário, do Legislativo e da Receita Federal, além de personalidades públicas, como jornalistas.
O grupo também se dedicou à disseminação de notícias falsas em redes sociais para colocar sob suspeita a movimentação das autoridades e assim desacreditar o processo eleitoral.
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