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quarta-feira, novembro 27, 2024

Vereador sobe na tribuna da CMM e desafia parlamentar a mostrar carteira de trabalho: “Não tem coragem!”

O vereador Sassá (PT) se defendeu dos comentários do vereador William Alemão (Cidadania), que pontuou que o colega defendia os trabalhadores, mas desconhecia a realidade

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Após a fala sobre a aplicação de verbas públicas no Festival Folclórico de Parintins repercutir, o vereador Sassá (PT) usou o tempo na sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para se defender dos comentários do vereador William Alemão (Cidadania), que pontuou que o colega de Casa defendia os trabalhadores, mas desconhecia a realidade.

Ao iniciar o discurso, Sassá afirmou que é a favor da cultura e do Festival de Parintins, ele ainda se recusou a mencionar o nome do vereador que comentou sobre a sua fala e afirmou que o mesmo não teve coragem de defender ‘os colegas’ na realização do Boi Manaus, na época da pandemia.

“Quero dizer para o vereador, que quando foi para o Boi Manaus, esse vereador não teve coragem de defender os colegas dele. Foi quando teve aquela pandemia e teve que parar. Eu estive com o secretário, ele pode ligar e perguntar”, disse.

Na CMM, o vereador também afirmou que o vereador ‘é igual papagaio’, ao comentar que o parlamentar fala sobre os assuntos. “Esse vereador é igual papagaio, fala e não vai lá, aí vem dizer que eu não defendo vereador”, comentou.

Anteriormente, O Convergente noticiou que o comentário do vereador do PT ocorreu após ele relatar que os servidores terceirizados do Hospital 28 de Agosto estariam sem receber salário por cerca de seis meses. Ele criticou o governador Wilson Lima por destinar verbas ao Festival de Parintins.

Na sessão plenária desta terça-feira, o vereador afirmou que faz a cobrança do pagamento de salários dos servidores, uma vez que essa é a prioridade do governante.

“Quando eu falo que os terceirizados estão sem receber é porque eu quero o bem do pai e mãe de família. Eu faço a pergunta para esse vereador, o que é mais importante: geração de empregos, segurança, saúde e educação. As quatro coisas são prioridades e depois vem a festa, se não tiver essas quatro coisas, como que o desempregado vai para festa?”, questionou.

Ainda na tribuna, Sassá mostrou a própria carteira de trabalho para se defender e desafiou o colega de Casa a mostrar a carteira dele também. “Quando ele for postar, ele tem que mostrar que aqui é 25 anos de carteira assinada. Eu queria que ele viesse aqui para mostrar a carteira dele […] . Vem dizer que eu não entendo de trabalhador? Quem não entende é você! Aqui tem vários vereadores que têm carteira assinada, eu estou mostrando a minha, agora, o vereador que subiu ontem aqui não tem coragem de mostrar porque ele não tem carteira […]. Infelizmente, a verdade dói. Está aqui minha carteira, aí eu deixo aqui para o vereador: Mostre a sua!”, disse.

Entenda

O apoio do Governo do Amazonas ao Festival Folclórico de Parintins foi discutido entre vereadores na Câmara Municipal de Manaus (CMM) nesta segunda-feira (1º). O assunto surgiu após o vereador Sassá (PT) questionar na CMM o uso de verbas públicas no evento, ao mesmo tempo em que denunciou a falta de pagamento de prestadores de serviço do estado.

Para os vereadores, Sassá ainda ressaltou que não é contra o evento em Parintins, mas que é necessário priorizar os trabalhadores. “É uma vergonha ver os trabalhadores passando necessidade, enquanto tem essa festa. Parabéns pelo evento de Parintins, mas enquanto há essa festa, o pessoal está passando fome. Não sou contra festa, mas tem dinheiro para festa e não para os trabalhadores”, afirmou.

Por outro lado, o vereador William Alemão (Cidadania) destacou a importância econômica do Festival de Parintins, ressaltando a geração de emprego e renda. “Quero dizer uma coisa para esse vereador que diz que defende o trabalhador, mas não sabe do que está falando. Ele não conhece o exército de trabalhadores que estão envolvidos em eventos em Manaus e no Amazonas. Ele está desrespeitando todos esses trabalhadores!”, apontou.

O parlamentar ainda enfatizou que a realização de eventos culturais é um dever público do estado, garantido pela Constituição. Além disso, ele mencionou que o festival também recebe apoio da iniciativa privada.

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Por Camila Duarte

Ilustração: Marcus Reis

Revisão: Letícia Barbosa

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