De 17 a 21 de junho, as e os delegados da Iniciativa de Bioeconomia e do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Climática e Ambiental farão suas primeiras reuniões fora de Brasília. Os dois encontros em terras manauaras, na confluência dos rios Negro e Solimões, parte de uma compreensão do espaço territorial das reuniões do G20 como parte balizadora dos processos e temas do fórum.
Manaus, que abriga a sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), um dos mais importantes centro para estudos científicos do bioma amazônico e para assuntos internacionais de sustentabilidade, é mais escolha alinhada a um objetivo geral da presidência brasileira do G20 neste ano: por os pés dos delegados a pisarem e as mentes a pensarem onde os temas são realidade. A capital é a cidade mais populosa da Amazônia Brasileira e principal centro financeiro, corporativo e mercantil da Região Norte do país.
“A presidência brasileira direcionará os trabalhos com um olhar solidário e construtivo, buscando criar pontes entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. É uma oportunidade única para acelerar as transformações necessárias para combater a emergência climática, a perda de biodiversidade e a ameaça de desertificação”, colocou a Ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA), Marina Silva, no início do ano, no contexto da primeira reunião do GT de Sustentabilidade.
Olhar de cooperação entre Norte e Sul Global que serão guias das reuniões desta semana na capital do Amazonas. No que tange a Iniciativa de Bioeconomia, as representações da Austrália e da Guiana dividirão uma das mesas principais, enquanto Japão e África do Sul irão, conjuntamente, coordenar outra mesa da programação.
Tanto a ministra do MMA, Marina Silva, quanto o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador André Corrêa do Lago, que coordena a Iniciativa de Bioeconomia, acompanharão os debates, com espaço na programação, no dia 19 de junho, pela manhã, destinado a uma fala de inicial aberta a jornalistas credenciados, que seguirá de uma coletiva de imprensa. Outras autoridades, representando o governo do Amazonas e demais ministérios envolvidos nas discussões também participam do momento.
A primeira das reuniões acontece dos dias 17 e 19 de junho, no Centro de Convenções do Amazonas – Vasco Vasques, sob coordenação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), com três eixos cardeais: conhecimento; natureza; e desenvolvimento sustentável. A Iniciativa é uma promoção inédita da presidência brasileira do G20. Dentre os temas dos painéis, que são fechados aos delegados estão (i) bioeconomia para comunidades tradicionais e rurais e para povos indígenas; (ii) uso sustentável de florestas para a bioeconomia; (iii) usos da água para a bioeconomia; e (iv) papel da bioeconomia como facilitador da recuperação produtiva, na regeneração ambiental e na biorremediação.
Por fim, está previsto aos visitantes estrangeiros uma imersão amazônica, com visitas ao encontro das águas dos rios Solimões e Negro, ao Museu da Amazônia, ao Palácio Negro e ao Teatro Amazonas, onde deverão assistir ao Balé Folclórico da Amazônia.
Nos dias 20 e 21 de junho, é a vez do GT da Trilha de Sherpas, coordenado pelo Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima, reunir seus delegados para debater, com prioridade: pagamento por serviços ecossistêmicos no plano global; inclusão dos movimentos de catadores para uma transição justa; e resíduos e economia circular. Na oportunidade, as representações internacionais também terão a possibilidade de realizar visitas assentadas aos assuntos da reunião.
Fonte: G20 Brasil 2024
Foto: Reprodução / G20 Brasil / Ricardo Stuckert/PR
Leia mais: Lula se posiciona contra aborto, mas chama de ‘insanidade’ PL que equipara com homicídio