O governador do Estado, Wilson Lima, após acompanhar os casos de arboviroses na capital e no interior do estado, ampliou o enfrentamento de endemias diante dos quadros de dengue, oropouche e malária em 20 municípios do interior do estado. Nesta quarta-feira (6), o chefe do Executivo estadual entregou equipamentos e veículos para o combate das doenças a municípios do interior do Amazonas.
Ao todo, 20 veículos e 125 pulverizadores foram entregues na Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), zona norte de Manaus. O órgão de saúde, que pertence ao estado, tem acompanhado as ações nos municípios do estado. O investimento foi de aproximadamente R$ 5 milhões. O reforço integra a agenda de apoio do Estado às ações executadas pelas prefeituras municipais no controle das chamadas arboviroses (dengue, zika, febre de chikungunya) – doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos – e da malária (causada por parasita).
Segundo Wilson Lima, o investimento fortalece os serviços de saúde e dá suporte aos munícipes de cada região do estado.
“Não há outro caminho para que a gente possa ter uma saúde tão fortalecida e um sistema de vigilância e de combate às doenças endêmicas que não a união entre os entes para que a gente possa ter cada vez mais força“, destacou Wilson Lima ao ressaltar a união entre os governos federal, estadual e municipal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Veículos do modelo Pick up cabine dupla 4×4 estão destinados à dispersão de inseticidas visando erradicar vetores. A seleção dos municípios para receber esses veículos e dispositivos ocorreu no primeiro estágio, com base em critérios que consideram a carga de doenças tanto em áreas urbanas quanto rurais, acessíveis por vias terrestres.
Equipamentos e veículos foram direcionados para municípios como Apuí, Barcelos, Benjamin Constant, Borba, Boca do Acre, Coari, Canutama, Guajará, Eirunepé, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Novo Aripuanã, Tabatinga, Tefé e São Gabriel da Cachoeira. Os líderes municipais estiveram presentes para supervisionar a entrega dos equipamentos e veículos.
A cidade de Manaus também está incluída nesse esforço preventivo, que é conduzido diariamente em colaboração entre a Secretaria Municipal de Saúde.
A Secretaria de Estado de Saúde acompanha diariamente, junto com a FVS, os casos das arboviroses para combater as doenças em todas as regiões do Amazonas.
“Esses municípios hoje são os que maior têm a carga de doenças, maior incidência de casos, maior número de casos, mas logo os outros municípios também estarão sendo contemplados”, informou a diretora-presidente da FVS, Tatyana Amorim. “O governador Wilson Lima não tem poupado esforço para justamente aumentar a cobertura de proteção, sobretudo no interior”, completou o secretário de Saúde do Estado, Anoar Samad.
Casos no Amazonas
No estado, de 1º de janeiro a 29 de fevereiro, foram registrados 13.186 casos suspeitos de arboviroses. Destes, 2.232 foram confirmados para dengue por critérios laboratoriais ou clínico-epidemiológicos, 7 para febre de chikungunya, 10 para zika (exclusivamente por critérios laboratoriais), 1.674 casos de febre do Oropouche, e 4 casos de febre do Mayaro.
As informações estão registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL). O boletim é publicado semanalmente às quintas-feiras. Na relação de cidades com o maior número de casos notificados para arboviroses, destacam-se: Manaus (5.603), Tefé (779), Manacapuru (690), Lábrea (582), Coari (582), Carauari (554), Iranduba (508), Envira (319), Tonantins (282) e Itacoatiara (217).
Desde o início do ano, o Amazonas contabilizou 5.609 casos de malária até o momento. Os registros por municípios incluem: São Gabriel da Cachoeira (1.383), Manaus (1.069), Barcelos (393), Carauari (241), Itamarati (215), Coari (190), Humaitá (188), Guajará (177) e Lábrea (154).
Prevenção
É essencial ressaltar que a precaução desempenha um papel crucial na prevenção de doenças, incluindo ações como a eliminação de locais propícios para a reprodução de mosquitos transmissores, como acúmulos de água. Além dessas precauções, é aconselhável evitar a entrada em áreas de mata e margens de rios, especialmente entre 9 e 16 horas, a fim de prevenir a Febre Oropouche.
Da Redação/Assessoria
Ilustração: Marcus Reis
Receba no seu WhatsApp notícias sobre a política no Amazonas.