Após ser afastado do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), o conselheiro Ari Moutinho emitiu uma nota para rebater a decisão de afastamento. De acordo com a decisão, o afastamento se deve às palavras depreciativas, que feriram a honra de Yara Lins, violando, com isso, o Código de Ética do Tribunal, notadamente o Art. 23, caput e parágrafo único e o art. 37 do mesmo diploma legal.
Na nota emitida por Moutinho, ele afirmou que a decisão de afastamento é desconexa com o Ordenamento Jurídico da Corte. “Recebo com irresignação a notícia de decisão de afastamento de minhas atividades. Ressalto que a decisão do meu afastamento é desconexa e descompassada com nosso Ordenamento Jurídico”, diz um trecho.
Além disso, ele afirmou que as acusações que foram feitas contra ele não condizem com a realidade. “Só posso observar tudo isso como mais um capítulo da campanha de ódio e perseguição que se instalou injustamente contra minha pessoa”, alegou.
O conselheiro ainda ressaltou que está afastado do TCE-AM, pois passou por procedimentos cirúrgicos e foi pego de surpresa com a decisão logo após sair da sala de cirurgia.
Nessa quinta-feira (26), foi comunicado o afastamento do conselheiro Ari Moutinho. A decisão informa que com o “objetivo de manter o ambiente o mais isento possível para o deslinde do presente processo, o mais prudente é que se proceda ao afastamento do Representado, do exercício de suas funções, por ser medida necessária, adequada e proporcional, para evitar inclusive o contato direto entre Representante e Representada, o que poderia exaltar os ânimos das partes, com o risco de ocorrência de atos que pudessem significar novas acusações. Em síntese: tal situação poderia resultar em novos dissabores entre as partes, e consequentemente comprometer o bom andamento processual”.
Confira a nota na íntegra:
___
Por Camila Duarte
Revisão textual: Vanessa Santos
Ilustração: Marcus Reis
Receba no seu WhatsApp notícias sobre a política no Amazonas.