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sexta-feira, outubro 18, 2024

Obras do Centro de Prevenção do Câncer de Colo de Útero recebem visita de juíza coordenadora do Comitê de Saúde do AM

A visita está alinhada às diretrizes do Conselho Nacional de Justiça, que orientam o monitoramento e a resolução das demandas de assistência à saúde

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A coordenadora do Comitê Estadual de Saúde e titular da 3.ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), juíza Etelvina Lobo Braga, visitou as obras do Centro Avançado de Prevenção do Câncer do Colo do Útero do Amazonas (Cepcolu), que está em fase de construção e funcionará como anexo da Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon), no bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus. A visita está alinhada às diretrizes da Resolução n.º 107/2010, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta o monitoramento e a resolução das demandas de assistência à saúde pelos magistrados.

Na ocasião, a magistrada Etelvina foi acompanhada da equipe da FCecon, integrada pelo diretor-presidente, o médico mastologista Gerson Mourão; a gerente da Ginecologia da fundação, médica Mônica Bandeira de Melo; a enfermeira Shirley Monteiro; a diretora administrativa da FCecon, Nilda Maria, além da assessora do NatJus, Luandy Lemos de Paula e do engenheiro da empresa responsável pela obra, Geovani Gonzales.

A médica Mônica Bandeira de Melo explicou que o centro especializado, com previsão para ser inaugurado em outubro deste ano, deverá funcionar no horário das 7h às 19h, estruturado com 4 salas cirúrgicas, 4 consultórios ginecológicos e um anfiteatro para realização de palestras, cursos, treinamentos e simpósios. Em termos de atendimento, o local terá capacidade para realização, em média, de 20 cirurgias diárias, estimando-se um total mensal de 400 mulheres fora da estatística de diagnóstico positivo para câncer do colo do útero.

“Considero que este local aqui é um front de enfrentamento ao câncer de colo do útero, o que mais acomete a mulher no Amazonas. Há décadas, temos uma média de 23 óbitos por mês, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, uma tragédia de Brumadinho todos os anos”, explicou. O câncer do colo do útero é o único tumor humano que tem causa conhecida, o HPV, um vírus adquirido sexualmente, e que é 100% evitável”, afirmou a médica, reforçando a importância do serviço que será prestado pela rede estadual de saúde com a inauguração do Cepcolu.

Mônica de Melo explicou que existem três medidas essenciais na prevenção do câncer do colo do útero: a vacina contra o HPV, gratuitamente aplicada em meninos e meninas dos 9 aos 14 anos, considerada extremamente eficaz e segura sendo necessárias duas doses; os exames preventivos para mulheres que iniciaram a vida sexual, para detectar alterações, pois o HPV transforma o comportamento das células do colo do útero e gerando inflamações pré-malignas, pré-cancerosas. “Para uma mulher desenvolver câncer do colo do útero é necessário 15 anos, não é do dia para a noite, por isso que é necessário fazer o preventivo, que pelo exame de Papanicolau detecta essas alterações e tendo essas inflamações detectadas é preciso fazer uma pequena cirurgia chamada conização do colo do útero”, explicou a médica.

A terceira medida para evitar esse tipo de câncer é a conização do colo do útero, procedimento cirúrgico que será disponibilizado no Cepcolu, que terá capacidade para absorver 90% desses procedimentos de todo o SUS no Estado, até o momento realizados somente pela Fundação Cecom. “Queremos desafogar o Cecon dessa demanda de pacientes que não estão com câncer”, disse a médica.

A juíza Etelvina Lobo Braga recebeu também informações sobre as necessidades logísticas para o início do funcionamento do centro especializado. “Através do Comitê Estadual de Saúde vamos elaborar um projeto e fazer uma campanha para dar esse apoio às demandas do Centro que, no momento, necessita de alguns equipamentos para completar a estrutura das salas de atendimento. A estatística indica que são 23 mulheres que morrem por mês do câncer no colo do útero, mas com o hospital exclusivo para o tratamento das lesões pré-malignas, serão 23 mulheres que poderão viver e cuidar de suas famílias e, no caso, não vão precisar judicializar, abrir processos, para pedir medicação, internação e tantos custos atualmente causados pela não prevenção e que serão evitados”, afirmou a magistrada.

Etelvina Lobo disse que o Comitê Estadual de Saúde estará mobilizado para que sejam agilizadas as medidas voltadas à aquisição de equipamentos e dos recursos humanos que ainda são necessários para o funcionamento do Cepcolu. “Essa é a nossa luta e a presidente do TJAM, desembargadora Nélia Caminha, assim como a nossa vice-presidente, desembargadora Joana Meirelles, e todos os desembargadores que estão na direção do Tribunal são sensíveis às causas importantes para oferecer assistência de qualidade à população”, disse a juíza.

“O Centro Avançado é parte de um cenário de futuro, um projeto de diagnóstico precoce, fora da FCecon e, portanto, os casos vão chegar cada vez mais antecipadamente aqui, a ponto de podermos tratar e eliminar os riscos da doença”, disse o diretor-presidente da FCecon, médico Gerson Mourão.

*Com informações da assessoria

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