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quarta-feira, fevereiro 5, 2025

Médico pneumologista será ouvido pela CPI no lugar de Queiroga

O médico pneumologista Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho é autor de um trabalho técnico que condena o uso de substâncias sem eficácia contra a Covid-19. A oitiva com o médico segue prevista para 18 de outubro.

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, disse nesta terça-feira, 12/10, considerar mais importante ouvir o médico pneumologista Carlos Roberto Ribeiro de Carvalho, que coordenou um estudo contra o uso do chamado “kit covid”, do que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que, nas palavras do senador, é um “convertido ao negacionismo”. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.

O kit covid é defendido pelo Governo Federal e usa substâncias com ineficácia comprovada no tratamento do coronavírus, como cloroquina e ivermectina. Queiroga seria ouvido pela terceira vez. No entanto, a comissão desistiu de ouvi-lo. Conforme o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, os senadores avaliaram que Queiroga não contribuiria muito. “Palco para bolsonarista”, disse ele.

“A decisão de ouvir o doutor Carlos Carvalho é que a CPI tem que triunfar sobre o negacionismo. Tem que deixar um recado claro aos brasileiros dizendo o seguinte: os que insistiram nisso, mesmo a ciência tendo dito que não tinha eficácia, criminosos são. E devem responder pelos crimes que praticaram”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues .

O estudo de Carvalho foi encomendado pelo governo e seria analisado no início de outubro pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão do Ministério da Saúde, mas foi removido de pauta.

Calendário – A oitiva com o médico médico Carlos Roberto de Carvalho segue prevista para 18 de outubro. No dia 19, será feita a apresentação de leitura do voto do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A votação está marcada para o dia seguinte.

Nas redes sociais, durante o feriado, o senador Omar Aziz lembrou que a comissão vem prestando serviços importantes ao país, e “o que mais for útil para contribuir para o debate será bem-vindo”.

“Agora vamos tentar tirar o máximo do médico Carlos Carvalho. Ele também está pesquisando  um protocolo de medicamentos para serem usados nas unidades básicas de saúde no tratamento da Covid. Não esse tratamento precoce propagado pelo governo, onde até a bula de um remédio tentaram mudar por decreto. É um estudo sério”, informou o presidente da CPI.

Em outra postagem, Aziz disse ainda que, apesar de a CPI não ouvir pela terceira vez o ministro Marcelo Queiroga, ele não não será esquecido pelo relator. O comando da CPI chegou à conclusão de que o chefe da pasta não teria muito mais a acrescentar ao relatório final. “A população quer resultados. E posso dizer que vai ter um capítulo especial para o ministro da Saúde”, garantiu.

No entendimento do senador, muitos achavam que a CPI “terminaria em pizza”, só que a comissão já deu certo em seus dois propósitos básicos: buscar justiça e estimular a vacinação da população brasileira.  “A CPI já municiou, ao menos, a abertura de oito investigações, mesmo sem ainda ter apresentado o relatório final”.

Relatório alternativo – O texto produzido pelo relator Renan Calheiros não será o único a ser analisado pela CPI. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) já declarou que apresentará um “relatório independente”.

Desde o início da comissão, Girão tem dito que a CPI não se interessou por investigar irregularidades e desvios de recursos no combate à pandemia nos estados e municípios. Ele alega que o seu texto não terá caráter nem oposicionista e nem governista e será um voto “com base em fatos e não em narrativas”.

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Com informações Portal UOL e Agência Senado

Foto: Pedro França/Agência Senado

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