O vereador Elissandro Bessa (Solidariedade) ao mesmo tempo que demonstrou solidariedade aos familiares das vítimas do acidente da última sexta-feira, Maria Eduarda Caldas, 17, e Suzy Caldas, 37, e propôs a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para debater o trânsito e a manutenção de veículos pesados na cidade, deixou transparecer sua chateação quanto à fiscalização sobre o exercício parlamentar.
Conforme ele, a mídia já esqueceu o acidente e quer que somente a câmara “fique com esse fardo para carregar”. “A mídia está mais preocupada com o café que a gente toma aqui, com a água que a gente toma aqui. Ficam cheios de ‘mi mi mi’ e querem que só a gente fique com esse fardo pra carregar. Vamos fazer uma audiência pública para debater o tema. Essa casa vai dar uma resposta para a cidade de Manaus”, garantiu o parlamentar.
O “mi mi mi” a que se refere o vereador Bessa e que foi amplamente divulgado devido à suspeita de superfaturamento é o gasto, de mais de R$ 83 mil, com a compra de fardos de café e açúcar para atender à CMM. O que o vereador classifica como “mi mi mi” chamou atenção não apenas da mídia, como também do Comitê Amazonas de Combate à Corrupção, que ingressou com uma representação no Ministério Público do Estado (MP-AM) por haver “evidências de superfaturamento na compra dos produtos”.
Além disso, o vereador deveria conhecer e internalizar quais são as suas funções dentro do parlamento. Uma delas, e talvez a mais importante, é participar da elaboração de leis que beneficiem a cidade e o cidadão. À imprensa cabe fiscalizar a atuação dos gestores, contribuir para o debate cidadão, além de retratar o dia a dia da cidade.
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Da Redação
Foto: Robervaldo Rocha / CMM
