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quinta-feira, novembro 21, 2024

Abraji aponta ‘truculência’ após jornalista ter microfone empurrado por servidor da Prefeitura de Manaus

Nessa segunda-feira (21), um repórter teve o microfone empurrado por um ouvidor da Prefeitura de Manaus durante a cobertura de uma manifestação

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Após um repórter ter o microfone empurrado pelo titular da Ouvidora-Geral da Prefeitura de Manaus, nessa segunda-feira (21), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se posicionou sobre o episódio, que classificou como “inadmissível”.

Em fala à imprensa, a presidente da Abraji, Katia Brembatti, pontuou que a ação do servidor público demonstra que o mesmo não reconhece a atividade do profissional de comunicação e alegou o ato do ouvidor da Prefeitura de Manaus foi uma “truculência contra a imprensa”.

“Empurrar o microfone, em um espaço público, em que temas sociais estão sendo debatidos, denota desconhecimento sobre o trabalho jornalístico, que tem a missão de levar informações para a população”, declarou à Revista Cenarium.

Conforme noticiou O Convergente, o titular da Ouvidora-Geral da Prefeitura de Manaus, Leonel Feitoza, empurrou o jornalista João Paulo Castro, do portal Radar Amazônica, em frente à sede da Prefeitura de Manaus, na Avenida Brasil. O profissional participava da cobertura do ato e tentava entrevistar Leonel Feitoza, quando o ouvidor agiu com grosseria e empurrou o microfone do repórter.

“Só estamos vendo se a prefeitura tem uma explicação para dar para eles [os motociclistas. […] Estamos querendo fazer o nosso trabalho, e o Leonel Feitoza age dessa forma com a nossa equipe de reportagem, com arrogância e completamente ignorância”, lamentou o jornalista empurrado.

O Convergente entrou em contato com a Prefeitura de Manaus e solicitou um posicionamento sobre o empurrão do ouvidor-geral do município contra um jornalista. Até o momento não houve retorno.

Manifestação

Os motociclistas por aplicativos cobram, desde a semana passada, a revogação da Lei Municipal nº 3.379/2024, derivada do Projeto de Lei 285/2024 do prefeito David Almeida (Avante), que regulamenta o serviço de mototáxi convencional e por aplicativos na capital amazonense e é alvo de críticas entre os trabalhadores.

Segundo os motoristas, a nova lei pode acabar com o serviço por aplicativo por conta de uma série de exigências. Sancionada em 12 de setembro de 2024 pela Prefeitura de Manaus, a Lei 3.379 tem como principal crítica a limitação da operação por meio dos aplicativos, cujos motoristas devem atender diversos requisitos para estarem aptos a atuar.

Nesta segunda-feira, 21, os condutores realizaram nova manifestação pelas ruas de Manaus e na prefeitura da capital amazonense cobram por medidas urgentes contra o texto.

Leia mais: Vídeo: Barbalho provoca adversário e joga peruca em comício de apoio a Igor Normando, em Belém

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