Alvo da operação Tesouro Oculto da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrada nesta quarta-feira (4), o ex-vereador de Manaus Ronaldo Tabosa é suspeito de ter comandado uma organização criminosa que sonegou quase R$ 90 milhões em impostos além de enriquecimento ilícito, de acordo com investigações da PF.
De acordo com o órgão, o esquema também envolvia a família do ex-vereador. Segundo as investigações, a organização criminosa praticou crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, fraude à execução. Além disso, a PF ainda apontou que a organização fazia o uso de documento falso, crimes cometidos para enriquecimento ilícito.
A operação mobilizou 100 policiais federais, que cumpriram 21 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão em Manaus e Borba, locais estratégicos identificados durante as investigações.
Foi concedido judicialmente o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, visando a quitação da dívida perante a Fazenda Nacional no valor de RS 87 milhões.
Sobre a investigação
A investigação iniciou-se em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação).
As empreses eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de darem continuidade a atividade ilegal de venda de planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio.
*Com informações da assessoria
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Da Redação
Revisão textual: Vanessa Santos
Ilustração: Marcus Reis
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