O ex-ministro da justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, já tem data agendada para prestar esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas. O depoimento de Anderson acontecerá na próxima semana, no dia 8 de agosto.
No dia dos ataques, Torres era responsável pela segurança pública da capital federal, mas estava de férias nos Estados Unidos. Ao voltar para o país, por ordem do ministro Alexandre de Moraes (STF), o ex-ministro chegou a ser preso no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, mas foi solto quatro meses depois. Atualmente, ele usa tornozeleira eletrônica como uma das medidas cautelares impostas pela justiça.
Quatro dias antes de ser preso, 10/01, a Polícia Federal encontrou na residência de Anderson uma minuta (proposta) de decreto destinada ao ex-presidente Bolsonaro (PL). O objetivo era instaurar um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter, ilegalmente, o resultado da eleição que elegeu Lula (PT). A minuta foi incluída na investigação do TSE, por ataque de Bolsonaro ao processo eleitoral durante reunião com embaixadores, e resultou na inelegibilidade do ex-presidente.
Os integrantes da comissão consideram Torres um dos principais personagens para explicar a invasão às sedes dos Três Poderes. Segundo a legislação, por se tratar de uma convocação, Anderson Torres é obrigado a comparecer ao depoimento.
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Por Karina Garcia com informações Carta Capital
Revisão: Vanessa Santos
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