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sábado, março 22, 2025

Justiça afasta juiz que soltou colombiano preso com 1,2 tonelada de drogas

O colombiano permanece sob custódia e aguarda novos desdobramentos do processo

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O juiz Túlio de Oliveira Dorinho, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), foi afastado de suas funções após conceder liberdade provisória ao colombiano Juan Carlos Urriola, preso na última terça-feira (25) com 1,2 tonelada de drogas em Santa Isabel do Rio Negro, no interior do estado.

A decisão de afastamento foi tomada nesta segunda-feira (3) pela Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, que também instaurou um procedimento para apurar os fatos, que tramitam em segredo de justiça.

Urriola foi capturado em uma operação policial e transferido para Manaus, onde passou por audiência de custódia no Fórum Henoch Reis. Durante a sessão, o Ministério Público (MP-AM) argumentou que a grande quantidade de entorpecentes indicava a participação do colombiano em um esquema profissional de tráfico de drogas e destacou que a falta de residência fixa no Brasil representava um risco elevado de fuga. Apesar disso, o juiz Dorinho decidiu conceder liberdade provisória ao suspeito, sob a justificativa de que ele não possuía antecedentes criminais.

A decisão gerou forte reação do Ministério Público, que recorreu no sábado (1º), pedindo a revogação da liberdade concedida a Urriola. No mesmo dia, o juiz Luís Alberto Nascimento Albuquerque acatou o pedido do MP e determinou a prisão preventiva do suspeito, revertendo a decisão anterior.

Diante da polêmica, a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas decidiu afastar Dorinho de suas funções e abrir uma investigação sobre sua conduta no caso. O tribunal não forneceu detalhes adicionais sobre a investigação, pois o processo tramita em sigilo.

A decisão de soltar Urriola, que estava em posse de uma carga tão significativa de drogas, causou grande repercussão e questionamentos sobre os critérios utilizados na concessão da liberdade provisória. Organismos de segurança e autoridades jurídicas reforçaram a necessidade de uma apuração rigorosa dos fatos para garantir que a Justiça seja feita e que não haja brechas para a impunidade em casos de tráfico de drogas de grande escala.

O colombiano permanece sob custódia e aguarda novos desdobramentos do processo. O TJAM ainda não se manifestou oficialmente sobre um eventual retorno do juiz Dorinho ao cargo.

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