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sexta-feira, outubro 4, 2024

Wilson Lima mostra os impactos da estiagem a Lula e solicita medidas urgentes para o Amazonas

O governador esteve em Manaquiri, Alvarães e Tefé com o presidente da República, onde apresentou o cenário da seca no estado e destacou solicitações, como ajuda humanitária, dragagem de rios, medidas para abastecimento de água e a pavimentação da BR-319

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Durante uma visita aos municípios de Manaquiri, Alvarães e Tefé, o governador Wilson Lima apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está em agenda oficial no Amazonas, os impactos da seca. Ele também reiterou os pedidos de apoio ao Governo Federal para enfrentar a estiagem e as queimadas que afetam o estado.

Entre os pedidos reiterados estão o envio de brigadistas e aeronaves, além de equipamentos para combate a incêndios e a análise e aprovação de um projeto junto ao Fundo Amazônia. Também foi solicitado o reforço na dragagem de quatro trechos de rios comprometidos para navegação. Em maio, o Governo do Amazonas já concedeu as licenças necessárias para o serviço, que será realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

“O estado vem trabalhando desde o início do ano nas ações voltadas para o enfrentamento da seca severa e das queimadas no Amazonas. E o apoio do Governo Federal nesse enfrentamento vem se somar ao que estamos fazendo. Reforcei ao presidente Lula os pedidos que já havíamos feito e apresentei novas demandas para a continuidade do nosso trabalho”, disse Wilson Lima.

Desde o início do ano, o Governo do Estado tem negociado com ministérios e órgãos federais, prefeituras municipais, entidades privadas, setores da indústria e comércio, além dos poderes Legislativo e Judiciário, para adotar medidas que mitigam os impactos da crise climática no Amazonas.

Antecipando as necessidades, em abril, o governador Wilson Lima enviou ofícios aos ministérios do Meio Ambiente, Portos e Aeroportos, e Integração e Desenvolvimento. Os pedidos incluíam aeronaves para combate a incêndios florestais, viaturas, equipamentos para os Bombeiros e brigadistas, liberação de recursos do Fundo Amazônia, caminhões-pipa, sistemas de purificação de água e dragagem dos rios. Em junho, novas solicitações foram encaminhadas aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e Desenvolvimento e Assistência Social, reforçando o pedido de aeronaves para combate a incêndios e cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade.

As visitas foram nas comunidades Paraná do Manaquiri, em Manaquiri; São Sebastião, em Alvarães; e Campo Novo, em Tefé. Em Manaquiri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou o envio de filtros para abastecimento de água, um dos pedidos feitos pelo Governo do Estado. Em Tefé a comitiva sobrevoou o rio Curumitá, vendo de perto os impactos da vazante na região. No município de Alvarães, a comitiva visitou a comunidade Campo Novo.

Também estiveram presentes nas visitas os ministros da Casa Civil, Rui Costa; do Meio Ambiente, Marina Silva; da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, dos Povos Indígenas; Sônia Guajajara; da Defesa, José Múcio; dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; e dos presidentes do Ibama e ICMBio, Rodrigo Agostinho e Mauro Pires, respectivamente.

Ações

Em abril deste ano, o Governo do Amazonas deu início à operação de combate ao desmatamento e às queimadas, a Tamoiotatá. Em junho, de forma antecipada, teve início a Operação Aceiro, voltada para o combate às queimadas no sul do Amazonas e Região Metropolitana, e Operação Céu Limpo, com ações no mesmo sentido na região de Manaus.

São mais de 690 homens envolvidos, do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), brigadistas contratados pelo Estado, Polícia Militar (PMAM), técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e homens da Força Nacional. No final de agosto, 200 bombeiros foram enviados para as regiões mais críticas; e no início de setembro, 85 brigadistas começaram a atuar em apoio às forças estaduais.

O Governo do Estado também instalou, no dia 5 de julho, o Comitê de Enfrentamento à Estiagem e decretou Situação de Emergência para 20 municípios e Situação de Emergência Ambiental em 22 municípios do sul do estado. No dia 28 de agosto, o governo decretou emergência em mais 42 cidades, abrangendo todos os 62 municípios amazonenses. Também foi decretada Emergência em Saúde Pública, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Na questão logística, em julho, o Ipaam concedeu licenças para a instalação de dois portos provisórios, no município de Itacoatiara, para evitar o desabastecimento do comércio e indústria do estado. Os portos começaram a operar na segunda-feira (09/09).

Entre as ações humanitárias executadas pelo Governo do Estado está o envio de mais de 930 toneladas de alimentos, além de purificadores de água, 100 caixas d’água, garantindo a segurança alimentar de famílias e o abastecimento de água nas regiões mais afetadas pela seca. Também foram enviadas mais de 200 toneladas de medicamentos e insumos.

BR-319

O governador voltou a pedir ao presidente a pavimentação da BR-319, propondo uma parceria entre Governo do Amazonas e Governo Federal. Wilson Lima reforçou que o estado está disposto a atender todas as condicionantes ambientais para que a rodovia se torne uma realidade. Ele ponderou que a seca severa mais uma vez mostrou que a BR-319 é uma necessidade e que Manaus não pode ficar isolada do restante do país.

Leia mais: Com incertezas sobre BR-319 e lentidão no combate às queimadas e à seca, Lula dá início à agenda no Amazonas
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*Da Redação/Secom
Fotos: Alex Pazuello e Diego Peres/Secom

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