28.3 C
Manaus
sexta-feira, julho 26, 2024

“Vão aprender a me respeitar!”, diz vereadora Jacqueline ao anunciar que entrará na Justiça contra vereadores da CMM

O anúncio da vereadora ocorre um dia após ela ser protagonista de um bate-boca na sessão plenária da Câmara Municipal de Manaus (CMM)

Por

Um dia após o bate-boca na sessão da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o assunto continuou rendendo no plenário da Casa, nesta quarta-feira (28). Ao subir na tribuna, a vereadora Profª Jacqueline (União Brasil) afirmou que entrará com uma ação na Justiça contra os vereadores que a intimidaram durante a denúncia apresentada na Casa, nessa terça-feira (27), o que resultou na discussão.

Conforme noticiou O Convergente, a sessão plenária da CMM foi palco de uma discussão e troca de acusações entre os vereadores Professora Jacqueline e Raulzinho (PSDB), nessa terça-feira. O bate-boca ocorreu logo após a parlamentar denunciar ações na Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Na sessão desta quarta-feira, alguns vereadores falaram sobre o episódio da última sessão plenária e, de acordo com a vereadora, tentaram fazê-la parecer errada. “Aqui todo mundo se vitimizou, eu que fui algoz, eu que fui a pessoa que intimidou os colegas. […] Vocês não vão me revitimizar porque está gravado nos canais dessa Casa tudo o que aconteceu ontem e se tiver que responder, vamos à Justiça”, disse.

Logo após a fala, ela destacou que vai procurar a Justiça para denunciar alguns vereadores da Casa. “Vou denunciar os meus colegas, porque eu me senti muito constrangida, foi desproporcional as agressões. Divergir no campo das ideias não tem problema, agora ficar apontando, todo mundo pulando com o dedo na minha cara para me desequilibrar no meu discurso, foi muito intimidador”, pontuou.

A parlamentar ainda destacou que não pode normalizar o episódio da última sessão e que é uma voz feminina e, por essa razão, vai buscar a Justiça. “Quem tem que responder agora, se justificar, não é nessa tribuna não, agora é na Justiça […] Eu não vou desistir e nem aceitar qualquer tipo de agressão”, comentou.

“Espero que a Ouvidoria desta Casa tome alguma providência, porque eu não vou ficar sofrendo nenhuma violência psicológica. […] Vão pagar e vão aprender a me respeitar”, disse ao finalizar o discurso.

Repercussão

Antes da vereadora subir na tribuna e anunciar que vai tomar medidas cabíveis, o vereador Sassá da Construção Civil (PT) levou o assunto novamente ao plenário ao questionar uma nota de apoio à vereadora Jacqueline. Sem citar quem postou, o parlamentar alegou que o conteúdo deixou a entender que ele e os colegas de Casa não eram a favor das mulheres, o que ele classificou como “fake news”.

“Fiquei muito triste. Tem colega aqui que bate nas nossas costas e quando sai, fica fazendo fake news contra a gente”, disse.

O vereador começou a citar casos em que os parlamentares foram a favor das mulheres, entre eles um recente que ocorreu com a vereadora Yomara Lins, onde foi atacada ao precisar se afastar das atividades da CMM por questões de saúde.

“É valente nas redes sociais, mas quando fica frente a frente, se cala. A mesma coisa aconteceu com a vereadora Yomara [Lins], que foi atacada covardemente enquanto estava fazendo uma cirurgia e tiveram pessoas que atacaram ela”, discursou.

O parlamentar ainda alegou que existem colegas de Parlamento que ‘fazem de tudo’ para perseguir o outro. Ele ainda questionou o motivo pelo qual a CMM, de acordo com ele, está separada. “Nessa Casa tem vereador que faz de tudo para perseguir os colegas e isso não é bom para ninguém, porque um dia a conta chega. […] Eu me admiro é que dois anos atrás todo mundo era junto, era colega, todo mundo se abraçava. Agora está separado por que? É briga de poder”, disse.

Entenda o caso

Na sessão de terça-feira, ao subir na tribuna, a vereadora Jacqueline denunciou que funcionários municipais de educação estariam sendo perseguidos por gestores da Semed, um exemplo citado por ela foi a substituição de gestores das unidades escolares.

A vereadora Jacqueline chegou a ceder o tempo de fala para alguns colegas da Casa, antes dos ânimos aflorarem no plenário. No entanto, ao ceder o tempo de fala para o vereador Raulzinho, antes que o mesmo iniciasse o discurso, Jacqueline comenta algo que escutou – o que a transmissão da Câmara Municipal não captou -: “É mesmo? Que maravilha! Então eu mesma vou falar, não vou dar meu tempo para mais ninguém”, disse.

Logo após a vereadora terminar a frase, o parlamentar inicia o discurso alegando que foi “vítima” da gestão da colega de plenário.

A Mesa Diretora chegou a tentar interromper a fala do parlamentar, que continuou a discursar na sessão plenária. Durante os comentários de Raulzinho, alguns vereadores também começaram a se manifestar.

Leia mais: Mandato de Peixoto na CMM está nas mãos do TRE-AM; Entenda

___
Por Camila Duarte

Ilustração: Marcus Reis

📲 Receba no seu WhatsApp notícias sobre a política no Amazonas.

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -