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sábado, julho 27, 2024

Quilombos ainda existem no Brasil e IBGE já recenseou 386.750

Só na região Norte foram 49.674 recenseados, conforme dados coletados no período de 01 a 29 de agosto de 2022

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Grande parte da população, criou no imaginário a associação dos quilombos a algo restrito ao passado, que teria desaparecido do país com o fim da escravidão. Mas a verdade é que as chamadas comunidades remanescentes de quilombos existem em praticamente todos os estados brasileiros e só na região Norte foram 49.674 recenseados, conforme dados coletados no período de 01 a 29 de agosto de 2022.

Pela primeira vez em 150 anos o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está realizando o recenseamento da população quilombola como grupo étnico populacional. Conforme dados, o Censo 2022 do IBGE já recenseou 386.750 quilombolas em todo o Brasil até o período de agosto de 2022. Nos primeiros 29 dias de coleta de dados o IBGE conseguiu recensear 386.750 pessoas que se autodeclaram quilombolas. O Censo iniciou no dia 01 de agosto e se estendia até 31 de outubro, mas houve uma decisão de prorrogação, sendo esta, até o início de dezembro, o prazo de coleta de informações para o Censo 2022.

Até o momento os Estados com maior número de pessoas quilombolas são, a Bahia com 116.437 quilombolas, Maranhão com 77.683 e Pará com 42.439. Esses números correspondem a 61,15% do número total apresentado no primeiro balanço parcial do Censo Demográfico 2022, apresentado pelo IBGE no último dia 30 de agosto.

A consolidação do Censo Demográfico em localidades quilombolas se deu a partir da demanda da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) junto ao Estado Brasileiro por meio do IBGE com a mediação do Fundo de Populações da Nações Unidas (UNFPA/Brasil), atendendo aos critérios da Consulta Prévia, Livre e Informada da Convenção 169 da OIT.

Em 2019 o IBGE mapeou 5.972 localidades quilombolas em 1.674 municípios de 24 Estados. Nessas localidades as pessoas terão a oportunidade de responder ao questionário completo sobre o quesito quilombola. Nas outras áreas, ao receber o recenseador, as pessoas quilombolas podem informar o nome da sua comunidade de origem.

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Por Redação O Convergente

Foto: DW/Christina Weise

Revisão textual: Érica Moraes

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