Na manhã deste sábado, 5/11, a Coreia do Norte disparou quatro mísseis balísticos de curto alcance no mar ocidental. As informações foram repassadas por militares sul-coreanos.
O Exército sul-coreano detectou o lançamento “a partir de Tongrim, na província de Pyongan do Norte, em direção ao Mar Amarelo”, informou o comunicado.
A Coreia do Norte lançou uma série de mísseis esta semana, incluindo um possível míssil balístico intercontinental (ICBM) que falhou. Os disparos provocaram críticas severas dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.
Em resposta, Seul e Washington também prolongaram até este sábado, 5, suas manobras conjuntas. Os maiores exercícios militares já realizados pelos dois países.
Ameaça – Os lançamentos de mísseis levantaram especulações de que a Coreia do Norte poderia estar se preparando para a retomada dos testes nucleares pela primeira vez desde 2017.
Na sexta-feira, 4/11, a Coreia do Sul ordenou a decolagem de dezenas de caças após detectar a mobilização de 180 aviões norte-coreanos.
Especialistas dizem que Pyongyang também é particularmente sensível a essas manobras porque sua Força Aérea é um de seus pontos fracos. O regime não possui caças de alta tecnologia nem pilotos devidamente treinados.
O governo da Coreia do Norte também acusa os Estados Unidos de mobilizar seus aliados em uma campanha usando sanções e ameaças militares para pressionar o país a se desarmar unilateralmente.
Falando no Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira, a embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, rejeitou as críticas feitas às manobras e as qualificou de “propaganda” norte-coreana, dizendo que não representavam ameaça a outros países.
A diplomata acusou a China e a Rússia de protegerem a Coreia do Norte, que “zombou” do Conselho de Segurança com os lançamentos sem precedentes de mísseis, que agravaram as tensões na península coreana.
Mas a China, o aliado mais próximo do regime de Pyongyang, e a Rússia, cujas relações com o Ocidente se deterioraram desde que invadiu a Ucrânia em fevereiro passado, acusam os Estados Unidos de provocarem a Coreia do Norte.
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Da Redação com informações do G1
Foto: AP Photo/Ahn Young-joon