30.3 C
Manaus
quinta-feira, dezembro 12, 2024

Itamaraty aguarda aval de Bolsonaro para condenar ataques da Rússia à Ucrânia

Diplomatas brasileiros sugerem que haja uma manifestação o quanto antes sob pena de que um atraso possa ser lido pela comunidade internacional como apoio à Rússia

Por

Após o pronunciamento de vários líderes mundiais repudiando os ataques da Rússia à Ucrânia, iniciados na madrugada desta quinta-feira, 24/2, o Itamaraty aguarda um aval do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que possa divulgar uma nota condenando os ataques.

Segundo informações da CNN, já haveria, inclusive, alguns modelos de textos circulando entre diplomatas, com mudanças em relação ao tom da condenação. A avaliação de diplomatas brasileiros é de que a decisão sobre o tom desse posicionamento oficial do governo foi deslocada do Itamaraty para o Palácio do Planalto.

A sugestão da diplomacia brasileira, porém, é de que haja uma manifestação o quanto antes sob pena de que um atraso possa ser lido pela comunidade internacional como apoio à Rússia. A visão predominante no Itamaraty é de que não mais se trata de adotar uma escolha pró-Estados Unidos ou pró-Otan, mas sim uma escolha por regimes autoritários ou democráticos e, principalmente, pela defesa da soberania dos estados.

Bolsonaro, porém, ainda não havia tomado uma decisão até o início da manhã de hoje. Segundo assessores, outras fontes seriam ouvidas, em especial os militares, que discutiram uma cooperação entre os países durante viagem oficial do presidente à Rússia há duas semanas.

No entanto, as pressões externas, em especial dos Estados Unidos e do Reino Unido, aumentaram desde a noite de quarta-feira, 23/2. Representantes desses países fizeram contatos com diplomatas brasileiros, na manhã desta quinta-feira, cobrando uma posição mais dura do governo brasileiro.

A pressão também já foi ampliada via ONU. Os Estados Unidos apresentaram uma resolução no Conselho de Segurança da ONU condenando a Rússia pelos ataques. Ainda que o documento não seja aprovado — já que a Rússia preside o colegiado –, o gesto está sendo lido no Itamaraty como uma forma de pressionar os países-membros do conselho, como o Brasil, a se posicionarem.

—-

Da Redação com informações da CNN Brasil

Foto: Alan Santos/PR

Fique ligado em nossas redes

Você também pode gostar

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img

Últimos Artigos

- Publicidade -