O Palácio do Planalto informou, por meio de ofício, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não assistirá à posse do ministro Luiz Edson Fachin como novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que irá ocorrer na noite desta terça-feira, 22/2, às 19h. Por conta da pandemia, a posse será realizada virtualmente. O ministro Alexandre de Moraes tomará posse como vice do TSE.
Segundo o ofício, que foi assinado e enviado pela chefe de Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete Pessoal do Presidente, Cláudia Teixeira dos Santos Campos, a ausência de Bolsonaro no evento foi motivada por “compromissos preestabelecidos”.
“Considerando compromissos preestabelecidos em sua extensa agenda, o senhor presidente Jair Bolsonaro não poderá participar do referido evento. Assim, agradece a gentileza e envia cumprimentos”, informou o documento.
Porém, a agenda publicada pela assessoria do presidente no site oficial do governo não prevê compromisso no horário até a publicação desta reportagem.
Convite ao presidente – Um convite foi estendido ao presidente Jair Bolsonaro por Fachin e Moraes no último dia 7 de fevereiro, solicitando a participação do mesmo na cerimônia virtual. Em maio de 2020, quando Barroso tomou posse como presidente do TSE, Bolsonaro participou virtualmente da cerimônia.
Sistema eleitoral – Segundo informações do G1, a posse de Fachin ocorre em meio à tentativa do presidente Jair Bolsonaro de atacar o sistema eleitoral, numa estratégia de campanha.
Na semana passada, ao se despedir da presidência do TSE, Luís Roberto Barroso afirmou que tentar desacreditar o sistema eleitoral brasileiro é uma “repetição mambembe” do que fez Donald Trump em 2020, após ter pedido as eleições nos EUA.
Barroso relembrou, ainda, as ações do TSE contra o presidente da República em razão de Bolsonaro ter disseminado fake news sobre as urnas eletrônicas.
Na ocasião, Fachin se dirigiu a Barroso e reforçou que a Justiça Eleitoral é “sólida, essencial e confiável na democracia e no estado de direito democrático”.
Fachin também afirmou que o TSE está preparado para eventuais ameaças de autoritarismo e tentativas de descredibilizar a Justiça Eleitoral.
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Da Redação com informações do G1
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