Descrito pela rainha como sua “força e permanência” por 73 anos, Príncipe Philip “morreu pacificamente”, segundo o anúncio feito pelo Palácio de Buckingham, que não informou a causa da morte. Bandeiras em edifícios históricos no Reino Unido estavam sendo postas a meio mastro antes do período de luto ser anunciado.
“É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. Novos anúncios serão feitos oportunamente. A Família Real junta-se a pessoas de todo o mundo no luto pela sua perda”, diz o comunicado do Palácio de Buckingham.
O duque de Edimburgo, que detém o recorde de longevidade de todos os consortes ingleses e que serviu à Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, estava aposentado de serviços oficiais desde 2017.
Ele anunciou que estava renunciando aos compromissos reais em maio de 2017, brincando que não conseguia mais se levantar. Ele fez uma última aparição pública oficial no final daquele ano, durante um desfile da Marinha Real no pátio do Palácio de Buckingham.
Desde então, ele raramente foi visto em público, passando a maior parte de seu tempo na propriedade Sandringham da Rainha em Norfolk, embora se mudasse para ficar com ela no Castelo de Windsor durante os períodos de bloqueio durante a pandemia de Covid-19 e onde o casal celebrou discretamente seus 73 anos de casamento, em novembro de 2020. Ele também comemorou seu 99º aniversário em confinamento no Castelo de Windsor.
Philip foi hospitalizado várias vezes nos últimos anos devido a várias doenças, a última delas em fevereiro, disse o palácio. A rainha e o príncipe Philip receberam suas primeiras doses da vacina contra o coronavírus em janeiro.
Quase 70 anos ao lado da rainha – Philip teve de deixar sua carreira naval em razão dos compromissos oficiais depois que o rei George VI morreu, no dia 6 de fevereiro de 1952.
Nascido na ilha de Corfu, o Príncipe Philip, que certa vez se descreveu como “um príncipe dos Bálcãs desacreditado, sem nenhum mérito ou distinção particular”, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da monarquia moderna no Reino Unido.
Embora nunca tenha recebido oficialmente o título de príncipe consorte, ele viveu uma vida de dever real implacável, renunciando à sua promissora carreira naval, que alguns acreditavam que poderia tê-lo visto ascender para se tornar o Primeiro Lorde do Mar, o cargo mais alto da marinha britânica, para um papel que exigia que ele andasse vários metros atrás de sua esposa.
Tendo feito essa escolha, ele mergulhou de todo o coração na vida nacional, conquistando um papel público único. Ele foi o membro mais enérgico da família real, segundo muitos especialistas.
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Fotos: Divulgação
