Após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que aplicará uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) afirmou, nesta quinta-feira (10), que o impacto direto da medida sobre o Polo Industrial de Manaus (PIM) será mínimo.
Segundo a Suframa, embora a decisão tenha grande repercussão no cenário político e econômico internacional, as exportações do PIM não estão entre as mais afetadas, já que o polo tem como foco principal o mercado interno e mantém relações comerciais mais intensas com outros países.
Dados divulgados pela Suframa mostram que, entre janeiro e abril deste ano, o PIM exportou US$ 199,35 milhões, uma queda de 13,86% em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor foi de US$ 231,42 milhões.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, reforçou que, apesar do baixo impacto direto sobre o polo, o momento exige atenção e articulação com o governo federal. Ele também demonstrou confiança na capacidade de negociação do Brasil.
“O nosso posicionamento é o posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já em nota deixou muito claro a posição do governo brasileiro com relação a essa medida. Do ponto de vista das exportações do polo industrial de Manaus, esse volume é quase que insignificante para o seu faturamento, o faturamento que temos divulgado regularmente nos últimos tempos. Evidentemente que a cautela e a prudência nesse momento deve ser o norte do nosso comportamento”, afirmou.
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