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quinta-feira, dezembro 12, 2024

Em meio a processo contra Ari Moutinho, TCE-AM suspende sessão para realizar ‘reunião sigilosa’

O conselheiro Érico Desterro foi o único que se recusou a participar da reunião, por informar que 'todos sabiam do que se tratava'

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A sessão do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), nesta terça-feira (10), foi suspensa logo no início dos trabalhos para a realização de uma ‘reunião sigilosa’ entre os conselheiros da Corte.

A suspensão da sessão ocorre no momento em que o conselheiro Ari Moutinho é réu no Supremo Tribunal de Justiça por ameaça, injúria e suspeita de tráfico de influência.

A reunião entre os conselheiros foi proposta pelo vice-presidente do TCE-AM, o conselheiro Luis Fabian. “Gostaria de pedir à presidência autorização para esvaziar a sala de urgência, ou para que nós sigamos com a reunião no gabinete da presidência para que possamos seguir de forma sigilosa a deliberação”, solicitou.

A presidente do TCE, Yara Lins, convocou os demais conselheiros para a reunião do processo sigiloso. Ao ser informado, o conselheiro Érico Desterro negou a saída da sala para participar da reunião, uma vez que todos tinham ciência sobre o assunto.

O conselheiro Júlio Assis também questionou o motivo da realização da reunião à presidente do Tribunal. “Me permita primeiro ter conhecimento sobre a efetiva reunião que vossa excelência convocou. Gostaria que houvesse a reunião, mas que fosse informado o conteúdo para que todos nós tivéssemos conhecimento”, alegou.

“Vamos dar conhecimento na hora. O conselheiro que está na presidência vai informar”, pontou Yara Lins. “Como o assunto é sigiloso, eu não tenho como informar”, ressaltou o conselheiro Luis Fabian.

Antes de encerrar a sessão, o conselheiro Érico Desterro frisou que não iria participar e destacou que todos tinham conhecimento do conteúdo da reunião.

“Todo mundo aqui sabe qual é o assunto, todos sabem! Estou dizendo a vossa excelência que não participarei desta reunião sigilosa. Não participarei disto!”, afirmou.

Processo contra Ari Moutinho

Em outubro de 2023, o conselheiro Ari Moutinho foi denunciado pela presidente Yara Lins, após um ocorrido na eleição da Corte. Conforme noticiou O Convergente, ocasião, Yara Lins foi eleita para o cargo e Moutinho Júnior teria ofendido a conselheira com insultos.

As ofensas teriam sido registradas por câmeras internas do tribunal e foram divulgadas pela imprensa. No vídeo, Yara aparece cumprimentando o colega quando, segundo a conselheira, ela foi “covardemente agredida dentro do plenário antes da eleição”.

Conforme noticiou O Convergente, a conselheira Yara Lins também emitiu representação administrativa disciplinar contra Ari Moutinho por “possíveis atos ilegais que configurariam a quebra de decoro por violação aos art. 23, caput e parágrafo único e art. 37, caput do Código de Ética do TCE/AM”.

Na época, Ari Moutinho se pronunciou sobre as denúncias e classificou os comentários da presidente do TCE-AM como forma de retaliação, devido ao processo eleitoral do Tribunal.

Leia mais: TCE-AM expande capacitação para gestão pública com novas parcerias e tecnologias em 2025

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