O cenário da disputa à Prefeitura de Maués tem rumores de apoios por trás das cortinas, segundo fontes dos bastidores políticos. Conforme as fontes dos bastidores, a chapa de Macelly Veras e Paulo PP tem recebido apoio do ex-prefeito Padre Carlos, mas essa aliança ficou atrás das cortinas, devido a rejeição do ex-gestor.
No início de agosto, Macelly anunciou uma ‘união’ com a velha política de Maués. No entanto, informações de bastidores apontaram que essa aliança trouxe preocupação para os apoiadores e candidatos a vereadores, uma vez que a candidata a prefeita fazia um discurso de oposição. Além do suposto apoio de Padre Carlos, a chapa também recebeu apoio de Belexo e Alfredo Almeida.
Por conta dessa preocupação, o apoio do ex-mandatário de Maués ficou ‘oculta’, uma vez que pesquisas internas apontam uma rejeição para o ex-prefeito Padre Carlos. Ainda de acordo com as fontes dos bastidores, a estratégia de campanha foi manter essa união atrás das cortinas para não prejudicar a campanha de Macelly Paulo.
Valores distintos
Sendo um dos empresários mais ricos do Baixo Amazonas, o vice-candidato à Prefeitura de Maués, Paulo PP, teria omitido bens no registro da sua candidatura. Vice na chapa de Macelly Veras, o candidato informou à Justiça Eleitoral o total de pouco mais de R$ 1 milhão.
As informações sobre a declaração de bens do vice-candidato Paulo PP, que compõe a chapa de Macelly Veras, pode ser acessada no Divulga Cand Contas. Ao todo, Paulo PP informou que possui R$ 1.067.250,00 (um milhão, sessenta e sete mil, duzentos e cinquenta reais) em bens, sendo esses R$ 100 mil em dinheiro em espécie, R$ 50 mil em um apartamento no centro de Maués, R$ 100 mil em uma empresa de combustíveis.
Os outros bens registrados são um terreno em Maués no valor de R$ 26 mil; outro terreno em Maués de R$ 14,8 mil; uma empresa individual com capital social de R$ 300 mil; outra empresa de combustíveis de R$ 100 mil e um terreno em Maués de R$ 26,2 mil.
Em consulta a Receita Federal, O Convergente buscou informações sobre os CNPJ registrados na Justiça Eleitoral para conferir o capital social das empresas, no entanto, em algumas pesquisas, não foi possível conferir os valores.
No entanto, O Convergente constatou que alguns valores declarados à Justiça Eleitoral com relação as empresas não conferem com o valor doa Receita Federal, um deles é a empresa do vice-candidato, registrada no CNPJ nº 03.723.008/0001-74, a qual tem o capital social de R$ 2 milhões, apesar de ter sido declarada na Justiça Eleitoral por R$ 300 mil. Nessa empresa, o nome do vice-candidato não aparece no quadro de sócios.
Outro erro que foi constatado pelo O Convergente foi que a empresa informada pelo vice-candidato, a PP COMERCIO DE COMBUSTIVEIS E LUBRIFICANTES LTDA, possui o CNPJ 27.880.204/0001-10, diferente do que foi declarado à Justiça Eleitoral. De acordo com a Receita Federal, o capital social dessa empresa é de R$ 400 mil, enquanto no Divulga CandContas está com R$ 100 mil.
Outro lado
O Convergente entrou em contato com a candidata Macelly Veras, que informou não saber das informações que foram repassadas à reportagem sobre a distinção dos valores do vice-candidato.
A equipe de reportagem também solicitou uma nota a respeito dos rumores sobre a suposta ‘ocultação’ da aliança com o ex-prefeito Padre Carlos. Em resposta ao O Convergente, a candidata negou que há uma aliança entre eles e afirmou que o ex-gestor de Maués apoia outro candidato a prefeito.
A equipe também buscou contato com o vice-candidato Paulo PP. Até a publicação desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.
Vale lembrar que a respeito dos valores das empresas, os detalhes são de consulta pública.
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Da Redação
Revisão: Letícia Barbosa
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