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segunda-feira, maio 20, 2024

“É imperativo que trabalhemos juntos para desenvolver estratégias sustentáveis de governança e preservação”, destaca Yara Lins, no seminário ‘Igarapés de Manaus: Desafios e Preservação, no TCE-AM

O TCE e o MPC, que controlam os gastos públicos, unem esforços para realizar ações concretas e projetos para efetivamente melhorar a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente da população como um todo

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Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água, uma data estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) por meio da resolução A/RES/47/193, de 21 de fevereiro de 1993. Pensando na preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas realizou nesta quarta-feira (20) o seminário ‘Igarapés de Manaus: Desafios e Preservação’.

Em parceria com o Ministério Público de Contas (MPC-AM), a Corte de Contas promoveu palestras e debates sobre um tema de extrema importância para a sociedade amazonense. A abertura do evento foi marcada pelo discurso da presidente do TCE-AM, Yara Lins, sobre o cuidado e a conscientização dos igarapés de Manaus.

“É imperativo que trabalhemos juntos para desenvolver estratégias sustentáveis de governança e preservação, garantindo que as gerações futuras possam desfrutar dos benefícios desses recursos preciosos”, disse Yara Lins, presidente do TCE-AM.

 

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A conselheira da corte destacou ainda dois principais igarapés que, anteriormente, eram bem frequentados por famílias manauaras.

“Há pouco menos de 50 anos, o verde de Manaus ainda era cortado pelos fios de prata de seus igarapés translúcidos e cheios de vida. As famílias costumavam passar suas horas de lazer em balneários encantadores, como o do Parque Dez e o da Ponte da Bolívia”, lembrou Yara Lins, que atualmente, somente o da Ponte da Bolívia sobrevive sob degradação, o que é uma lamentável situação para uma cidade no coração da Floresta Amazônica.

O meio ambiente ecologicamente equilibrado é um valor constitucional estabelecido para as presentes e futuras gerações, o que demanda compromisso com a governança e a sustentabilidade, promovendo o desenvolvimento da Amazônia de forma gradual, juntamente com a preservação ambiental.

Percebendo a situação da poluição e escassez de água no mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992, instituiu o dia 22 de março como o Dia Mundial da Água, para que organizações em todo o planeta promovam ações para a preservação dos recursos hídricos do planeta.”

Para a Procuradora Geral do Ministério Público de Contas (MPC-AM), Fernanda Cantanhede, a gestão integrada e coordenada para enfrentar os desafios climáticos na preservação dos recursos hídricos é uma luta de todos para o futuro.

“Sabemos que é difícil exigir de um morador ribeirinho que não jogue lixo no rio, e na área em que reside, inexiste uma coleta tratada”, frisou Fernanda Cantanhede.

O TCE e o MPC, que controlam os gastos públicos, unem esforços para realizar ações concretas e projetos para efetivamente melhorar a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente da população como um todo.

Manaus tem 1600 áreas críticas sujeitas a desastres. Segundo o procurador e coordenadoria de Meio Ambiente do MPC-AM, Ruy Marcelo Alencar, os igarapés são patrimônios federais pertencentes da União, e constituem bens ambientais e ecossistemas fundamentais para garantir a qualidade de vida da população.

“Nós estamos aqui para fazer o papel de indutores, chamando todos os atores interessados para conversar, interagir, ouvir e colher informações e dar a devida contribuição para melhorar essa política pública”, reforçou Alencar.

 

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“o evento, que contou com a participação de órgãos ambientais, a concessionária de água da capital não ficou de fora. Diego Dal Magro, diretor-presidente da Água de Manaus, discutiu sobre a importância da manutenção do saneamento da área urbana da cidade. ‘Hoje existe sistema de água em becos e palafitas, ribeirinhos. […] Nós estamos falando não só de meio ambiente, mas também de saúde pública”, debateu.

Membros da sociedade civil, organizações e instituições como o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além das Secretarias de Estado (Sema) e Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), participaram do seminário.

Os participantes também conheceram a realidade urbana de Manaus, em uma exposição interativa e itinerante que reproduz as casas e a estrutura de água e esgoto do Beco do Nonato, localizado no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus.

Foto: Reprodução/YouTube/TCE Amazonas

Leia mais: Manaus ocupa a 83° posição em ranking de indicadores sobre saneamento em municípios do Brasil

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