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sexta-feira, julho 26, 2024

Crise humanitária: Governo traça estratégias para combater mortes de Ianomâmis

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol-SP) reforçou que acompanhará os trabalhos no território entre 28 e 29 de fevereiro

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No ano passado, a região Yanomami testemunhou um aumento no número de óbitos, totalizando 363 mortes, em comparação com as 343 notificadas em 2022, evidenciando um cenário preocupante de perdas de vidas dentro do território protegido.

Pensando em minimizar a estatística de mortes dos povos indígenas Ianomâmis, o governo federal anunciou, nesta quinta-feira (22), um plano estratégico para combater a crise de saúde e humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Boa Vista (RR).

Em coletiva de imprensa, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol-SP), afirmou que não houve por parte do governo Lula (PT) uma abordagem adequada em relação à gestão do ex-presidente Bolsonaro. A ministra da pasta reforçou que acompanhará os trabalhos no território entre 28 e 29 de fevereiro.

“Reafirmo que não houve descaso em nenhum momento, diferentemente da gestão anterior. Não houve negligência. Nós queremos notificar, nós queremos entender o que de fato precisa ser feito ali [terra indígena]. Nós entendemos também que em um ano não foi suficiente para a gente resolver todas as situações instaladas na localidade.”

Guajajara também mencionou a situação da prática do garimpo ilegal no local habitado pelos povos originários na região.

“Com a presença de quase 30 mil garimpeiros, convivendo ali, diretamente no território, aliciando e violentando os indígenas, impedindo que as equipes de saúde chegassem ali. Então, agora a gente sai desse estado de ações emergenciais e passamos ao estado de ações permanentes, a partir da instalação da Casa de Governo em Boa Vista.”

No início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfatizou a importância dos Ianomâmis como uma “questão de Estado”, destacando a preservação cultural frente às invasões criminosas. Apesar das tentativas e compromissos, o número de óbitos entre os Yanomami aumentou de 343 em 2022 para 363 em 2023, durante o mandato de Lula.

“Vamos tratar a questão indígena e a questão dos Yanomami como uma questão de Estado, ou seja, nós vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal”, afirmou Lula, em reunião com ministros em 9 de janeiro.

O Ministério da Saúde argumenta que existe uma subnotificação nos casos, tanto nas mortes de Ianomâmis do ano passado quanto nas notificadas durante a administração do presidente Jair Bolsonaro (PL) de 2019 a 2022.

Ilustração: Giulia Renata

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