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terça-feira, maio 14, 2024

Ex-comandantes do CMA, no Amazonas, também são alvos da PF que investiga Bolsonaro

De acordo com a PF, ex-comandantes, generais Augusto Heleno, e Theófhilo Gaspar do CMA, possivelmente participaram dos atos antidemocráticos contra as Eleições Presidenciais de 2022

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Na operação ‘Operação Tempus Veritatis’, que a Polícia Federal (PF) está deflagrando desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (8), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é um dos principais alvos. Agentes da PF também investigam nomes envolvidos em um grupo que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito na capital do Amazonas.

Segundo a investigação, ex-comandantes do Comando Militar da Amazônia (CMA), generais Augusto Heleno e Theóphilo Gaspar, possivelmente participaram dos atos antidemocráticos contra as Eleições Presidenciais de 2022, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente Jair Bolsonaro no poder.

Além dos ex-chefes do Exército no Amazonas, Walter Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud, estão entre os alvos de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares que proíbem que os investigados troquem contratos ou informações durante a investigação. Além dessas medidas, os envolvidos não podem sair do Brasil e têm até 24 horas para entregar os passaportes. Eles estão suspensos do exercício de suas funções públicas.

Além do Amazonas, a operação ocorreu no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados que foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a PF, “as apurações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”, disse a nota.

A primeira linha envolveu a criação e disseminação de alegações infundadas sobre fraude nas eleições de 2022, utilizando informações falsas sobre vulnerabilidades no sistema eletrônico de votação. Esse discurso começou em 2019 e persistiu mesmo após os resultados do segundo turno em 2022.

O segundo eixo visou apoiar a abolição do Estado Democrático de Direito por meio de um golpe de Estado, com o respaldo de militares especializados em táticas de forças especiais em um ambiente politicamente delicado.

A Polícia Federal informou que “os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”.

Sobre o desdobramento da operação em Manaus, o Portal O Convergente entrou em contato por e-mail com o Comando Militar da Amazônia. Até o momento, a assessoria de comunicação não forneceu detalhes. Também entramos em contato com a Superintendência Regional da Polícia Federal no Amazonas e até o fechamento desta reportagem, não responderam às notas solicitadas.

O espaço permanece aberto para mais esclarecimentos.

Ilustração: Marcus Reis

Leia mais: Bolsonaro e aliados são alvos de operação de ‘Golpe de Estado’ da PF

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