Beto Simonetti repudia fala de desembargador do Paraná sobre nortistas

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti repudiou, nesta segunda-feira, 17/4, durante a sessão do Conselho Pleno da entidade a fala preconceituosa do desembargador paranaense Mário Helton Jorge, que disse que o seu estado “tem nível cultural superior ao Norte e ao Nordeste” e que é um local que não tem o “jogo político dos outros estados”. O conselheiro federal da OAB, Marco Aurélio Choy também endossou a fala de Simonetti.

Na sessão, Simonetti disse que a OAB apresentaria uma nota de repúdio contra o ato do magistrado, destacando que a entidade tem “orgulho da pluralidade do nosso país, em especial, temos profundo orgulho do Norte e do Nordeste”.

A entidade classifica como lamentável a declaração do desembargador e afirma que ela depõe contra os princípios constitucionais que norteiam os valores fundamentais do ordenamento jurídico, principalmente a Lei 7.716/89, que criminaliza conduta dessa natureza. O texto realça que a instituição não tolerará manifestações que violem os direitos humanos e tenham teor de intolerância, discriminação, preconceito ou xenofobia.

“Exigimos respeito ao tempo expressamos nossa solidariedade às populações oriundas e/ou residentes dos estados do Norte e Nordeste brasileiro”, salientou o presidente da Ordem.

Simonetti destacou ainda que, hoje, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já estava instaurando procedimento contra o desembargador paranaense para apurar os atos praticados por ele.

Choy reforçou apoio à fala de Simonetti e destacou que a presença do amazonense no cargo mais alto da ordem foi algo esperado por mais de quatro décadas e que hoje é muito significativa.

OAB-PR repudia fala do magistrado

A OAB do Paraná também se manifestou após a repercussão que a fala do magistrado ganhou na mídia. A entidade disse repudiar veemente as declarações do desembargador.

“A seccional, portanto, manifesta seu incondicional apoio à advocacia e sua solidariedade ao povo brasileiro, atingidos pelas palavras de cunho discriminatório”.

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Da Redação com informações Portal O Poder

Foto: Reprodução