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sexta-feira, julho 26, 2024

Lesa Pátria: PF prende ex-chefe de setor da PM do DF e mais 3 por atos golpistas de 8 de janeiro

Ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, foi um dos detidos. Além do tenente Rafael Pereira Martins; do capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PM-DF; do major Flávio Silvestre de Alencar, que apareceu em imagens liberando acesso para que os invasores entrassem no prédio do STF

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A Polícia Federal cumpriu hoje quatro mandados de prisão em uma operação que mira suspeitos por omissão antes e durante as invasões nas sedes dos três poderes. O ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF, coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, foi um dos detidos.

Os outros três são: o tenente Rafael Pereira Martins; o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da PM-DF; o major Flávio Silvestre de Alencar, que apareceu em imagens liberando acesso para que os invasores entrassem no prédio do STF.

Em nota, os advogados de Barreto afirmaram que “nos eventos que tomaram conta do dia 8 de janeiro, o militar agiu conforme a lei a técnica, realizando todas as prisões ao alcance das condições materiais com as quais contava no momento. O avanço das investigações vai mostrar a inocência do coronel que há 30 anos presta serviços relevante à população do DF”. O texto será atualizando quando houver um posicionamento dos demais.

Preso, ex-comandante da PM estava de folga no 8 de janeiro. Barreto atuava como comandante da PM-DF, mas havia pedido dispensa entre os dias 3 e 8 daquele mês, segundo documentos obtidos pelo site Metrópoles.

O último dia de folga dele, portanto, coincidiu com a data dos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília, quando bolsonaristas invadiram e destruíram os prédios, obras de arte, além de furtar armas e outros objetos.

Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se da 5ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem o objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo a PF, foram cumpridos três mandados de prisão temporária; um mandado de prisão preventiva e 6 mandados de busca e apreensão. A corregedoria da Polícia Militar do DF também acompanhou os mandados.

Outras fases – Já foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 31 de busca e apreensão desde o início da Operação Lesa Pátria, que teve sua primeira fase deflagrada em 20 de janeiro.

Os crimes investigados são: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; associação criminosa; incitação ao crime; destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

O ministro Flávio Dino (Justiça) se manifestou sobre a operação desta terça-feira em publicação no Twitter.

“Polícia Federal segue fazendo trabalho de investigação dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro. As apurações estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para as providências cabíveis. O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus ‘homicidas’”, escreveu o ministro.

Recado – O superintendente da PF, delegado Andrei Rodrigues disse que não haveria espaço dentro da instituição para quem quisesse fazer política. Ele ainda mandou um recado para os policiais partidários da instituição.

“A PF não está vinculada a nenhum governo, a nenhum partido, a nenhum líder e a nenhuma pessoa. Nós estamos para servir o Estado Brasileiro, a sociedade brasileira. Quem quiser fazer política, faça fora da instituição”, disse Rodrigues na ocasião pontuando que quem quiser fazer política se exonere, cumpra uma quarenta de quatro anos e aí sim se filie e concorra a um cargo político.

 

Da Redação com informações UOL

Fotos: Divulgação / PF

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