Em meio ao debate do Governo Federal de como combater a alta dos combustíveis, a Petrobras anunciou, nesta quinta-feira, 10/3, que o preço da gasolina sofrerá um aumento de 18,7%, enquanto o diesel terá reajuste de 24,9% nas distribuidoras. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) também será reajustado em 16%. O reajuste nos valores passa a valer a partir desta sexta-feira, 11/3.
Após o anúncio, as ações da estatal tiveram um salto considerável de mais de 5%, mas perderam o ímpeto. A companhia estava há 57 dias sem alterar os preços do diesel e da gasolina, e 152 dias segurando os reajustes no gás de cozinha.
O preço médio de venda da gasolina da Petrobras às refinarias passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o valor médio irá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Segundo a empresa, o GLP sofreu o último ajuste em 9 de outubro de 2021. O preço médio, que era de R$ 3,86, passará a ser R$ 4,48 por quilo, o equivalente a R$ 58,21 por 13 hectograma.
Em nota, a petroleira justificou que “decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo”, apesar da disparada dos preços internacionais do petróleo e seus derivados nas últimas semanas em decorrência da guerra na Ucrânia.
No entanto, a companhia afirmou que “os ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras são inevitáveis para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”.
A Petrobras alegou, ainda, que o objetivo do reajuste é de “dar condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata e obtenham sucesso na importação de produtos, a fim de complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”.
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Da Redação
Capa: Marcus Reis